O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, Mohammad Bagheri, determinou, nesta segunda-feira (20), a abertura de inquérito para investigar o acidente aéreo em que morreu o presidente Ebrahim Raisi. O helicóptero em que ele viajava, acompanhado do ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amir-Abdollahian, caiu nesse domingo no noroeste do país.
O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, nomeou o vice-presidente Mohammad Mokhber como chefe de Estado interino e decretou cinco dias de luto pela morte de Raisi.
De acordo com a agência oficial de notícias Irna, Bagheri criou uma comissão de investigação, sob a responsabilidade do general Ali Abdollahi, vice-coordenador do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, para apurar as causas do desastre.
Bagheri pediu que “uma comissão de alto escalão inicie apuração sobre a causa da queda do helicóptero presidencial” que matou nove pessoas.
Os destroços do helicóptero foram encontrados hoje de manhã na encosta de uma montanha no Azerbaijão Oriental, onde a aeronave caiu por motivos ainda desconhecidos. Segundo a imprensa iraniana, o helicóptero teria decolado em condições climáticas difíceis.
As equipes de socorro iranianas recuperaram os corpos de Ebrahim Raisi e dos outros oito passageiros, confirmando a morte de todos.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas fez nesta segunda-feira um minuto de silêncio em memória de Raisi e de Amir-Abdollahian.
As cerimônias fúnebres devem começar nesta terça-feira em Tabriz, noroeste do país, indicou a agência iraniana.
Mohammad Mokhber passa a ser o presidente interino e já se reuniu com o ministro da Justiça, Gholamhossein Mohseni Ejei, e o presidente do Parlamento, Mohammad Bagher Ghalibaf.
De acordo com a Constituição iraniana, os três membros do governo devem preparar nova eleição presidencial, a ser realizada em 50 dias.