

A violência parece ser uma resposta aos esforços do presidente Daniel Noboa para combater o tráfico de cocaína, especialmente colocando os líderes das gangues em novas prisões de alta segurança.
“Estamos em guerra e não podemos ceder diante desses grupos terroristas”, disse Noboa, 36 anos, filho de um empresário do setor de fruticultura que conquistou a Presidência em novembro.
O governo decretou estado de emergência, enviou militares atrás de 22 gangues apontadas como organizações terroristas e disse que cerca de 20 mil criminosos estão envolvidos.
Desde segunda-feira (8), as gangues sequestraram mais de 130 agentes penitenciários e funcionários. Isso ocorreu após a aparente fuga do famoso líder da gangue Los Choneros, Adolfo Macias, da prisão.
Com explosões ocorrendo em várias cidades, homens armados vestidos com balaclava (gorro ajustado da cabeça até o pescoço), granadas e dinamite tomaram a emissora TC na cidade portuária de Guayaquil, no Oceano Pacífico, na terça-feira (9), durante telejornal, antes que a polícia os prendesse e libertasse a equipe de mídia.
“Foi surreal”, disse o jornalista José Luis Calderón, de 47 anos, que em determinado momento foi obrigado a aparecer diante das câmeras sob a mira de uma arma no estúdio de TV.
O comandante das Forças Armadas, contra-almirante Jaime Vela, disse, em entrevista na noite de quarta-feira, que 329 pessoas, a maioria de gangues como Los Choneros, Los Lobos e Los Tiguerones, foram detidas desde o início do estado de emergência nesta semana.
Em resposta a vídeos que supostamente mostravam funcionários da prisão sendo submetidos a violência extrema, incluindo tiros e enforcamento, ele disse que nenhum refém havia sido morto.
A Reuters não pôde verificar imediatamente os vídeos.
A agência de prisões SNAI informou que 125 guardas e 14 funcionários administrativos permanecem reféns, sendo que 11 pessoas foram libertadas na terça-feira.








































