O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi absolvido no Senado das duas acusações que baseavam o processo de impeachment aberto contra ele, concluindo um drama de quatro meses que consumiu Washington e intensificou a acentuada divisão do país sobre sua presidência.
Por 52 votos a 48, os senadores o livraram da acusação de abuso de poder no exercício do mandato na Casa Branca. E por 53 a 47, os senadores decidiram que Trump não obstruiu uma investigação da Câmara dos EUA sobre sua pressão sobre o governo ucraniano para investigar um rival político. Todos os 47 senadores democratas votaram contra Trump nos dois pleitos.
Um veredicto de culpado em qualquer uma das duas acusações seria suficiente para remover Trump do cargo. Com as duas absolvições, termina o terceiro julgamento de impeachment da história dos Estados Unidos. Desde o início do processo não havia quase nenhuma chance de Trump ser destituído do cargo.
A votação no Senado, que é controlado pelo Partido Republicano, de Trump, conclui um processo turbulento que surgiu de uma ligação telefônica em 25 de julho, na qual Trump pediu ao presidente da Ucrânia que anunciasse certas investigações no momento em que ele segurava a ajuda dos EUA ao país. Trump defendeu o apelo como "perfeito" e disse que não fez nada de errado em relação à Ucrânia. A ajuda foi liberada depois de protestos de parlamentares de ambos os partidos.