Por Wanglézio Braga
Da redação do News Rondônia
As imagens de jornalistas e profissionais da imprensa da Bolívia ajoelhados no meio da rua pedindo paz e seguranças para desempenhar suas funções estão correndo pelas redes sociais. O registro foi feito na cidade de Riberalta, no Departamento de Beni, Província de Vaca Diez. A cidade é um importante polo industrial, possui parcerias com Rondônia e segue as tendências dos manifestos contrários ao presidente Evo Morales (MAS) que tenta a reeleição.
Desde as eleições para a presidência do Estado Plurinacional da Bolívia, ocorridas no mês passado, pipocaram de norte a sul diversos protestos contra o candidato a reeleição, Evo Morales. A oposição acusa o governo de manipular dados para dar vitória ao atual presidente que está no poder desde 2006. De lá para cá, manifestantes ultrapassaram todos os limites e descontaram até nos profissionais da imprensa.
No dia 28 de outubro, o sindicato dos jornalistas bolivianos pediu segurança ao Governo para garantir a integridade física dos profissionais durante as coberturas das eleições. Inúmeros casos de agressões foram registrados contra repórteres nas cidades de Santa Cruz, La Paz e Cochabamba.
Ouve registro também em Riberalta, daí o motivo para que os jornalistas ajoelhassem na principal avenida da cidade e pedirem proteção aos céus para que possam desempenhar a arte de relatar os fatos em meio ao caos em que a Bolívia se encontra.
Na última semana, foram conhecidos alguns casos, como de jornalistas, na cidade de La Paz, que foram assediadas e ameaçadas durante a cobertura das mobilizações dos grupos que questionam os resultados do Supremo Tribunal Eleitoral (TSE).
Um documento de Proteção do Direito à Liberdade de Opinião e Expressão das Nações Unidas estabelece que os jornalistas sejam protegidos pelas normas internacionais de direitos humanos. Segundo o dispositivo, a obrigação de proteger é do Estado e têm a obrigação de tomar as medidas apropriadas ou agir com cuidado para evitar danos causados aos profissionais.