Com o objetivo de diminuir o deficit fiscal, o governo argentino congelou os salários dos funcionários públicos até o fim de 2019. A pretensão é economizar mais de 20 bilhões de pesos argentinos –cerca de R$ 2,8 bilhões.
Em decreto oficial publicado nesta 3ª feira (10.jul.2018), o presidente da Argentina, Mauricio Macri, também suspendeu a compra de veículos oficiais pelo governo, reduziu o percentual destinado a viagens para o exterior, bonificações ordinárias dos funcionários e novas contratações.
No decreto, o presidente afirma que “a qualidade de uma gestão pública depende do cumprimento do princípio da economia, ou seja, o funcionamento da administração pública depende da utilização racional dos recursos públicos“.
Nos últimos meses, a Argentina enfrenta uma crise fiscal e cambial. O peso argentino se desvalorizou frente ao dólar e o governo precisou recorrer a 1 crédito reserva do FMI (Fundo Monetário Internacional) de 50 bilhões de dólares para completar o programa econômico oficial.
Na última semana, o chefe do gabinete de ministros do país, Marcos Peña, estimou que a economia cresceria 1% em 2018, bem abaixo dos 3% previstos inicialmente. Isto seria conseqüência da seca, que prejudicou a produção agrícola, do aumento do petróleo e da volatilidade dos mercados internacionais.