O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Governo do Pará anunciaram nesta sexta-feira (14) a aprovação do projeto Pará Mais Sustentável. O anúncio ocorreu durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30).
O projeto contará com um investimento de R$ 81,2 milhões, com recursos provenientes do Fundo Amazônia. A iniciativa será executada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) e tem prazo de execução de cinco anos.
Abrangência e foco do projeto
O projeto Pará Mais Sustentável beneficiará 27 municípios localizados nas Regiões de Integração do Baixo Amazonas e Xingu, que correspondem a aproximadamente 56% do território paraense.
As ações serão voltadas à regularização ambiental e fundiária, ao fortalecimento da sociobioeconomia e ao desenvolvimento socioeconômico de baixo carbono no estado. Atingirão prioritariamente pequenos agricultores familiares, comunidades quilombolas, cooperativas e associações produtivas ligadas às cadeias da sociobiodiversidade.
Ações e resultados esperados
Entre as ações, conforme detalhado pelo BNDES, estão o apoio à inscrição e retificação de Cadastros Ambientais Rurais (CARs) e à regularização fundiária de imóveis rurais e territórios quilombolas. Também haverá o fortalecimento de instituições públicas responsáveis pela assistência técnica e extensão rural.
Estão previstos suporte a bionegócios desenvolvidos por organizações socioprodutivas, realização de capacitações e eventos integradores. O projeto também implantará Unidades Demonstrativas de Referência Tecnológica para difusão de soluções voltadas às cadeias da bioeconomia regional.
A diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, afirmou que a iniciativa vai dinamizar e alavancar cadeias da sociobiodiversidade, ampliando a agregação de valor e fortalecendo a geração de renda nas comunidades locais.
O Fundo Amazônia
O Fundo Amazônia, criado em 2008, é o principal mecanismo de cooperação internacional para o clima no Brasil. Ele combina proteção florestal, desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida na Amazônia Legal.
Após a retomada das doações em 2023, o Fundo passou de três para nove doadores, somando contribuintes históricos (Noruega e Alemanha) a novos parceiros (como União Europeia, Suíça e EUA). A retomada aumentou o volume de recursos para R$ 1,2 bilhão, quatro vezes mais que a média histórica.
Desde sua criação, o Fundo Amazô









































