O Brasil registrou o menor índice de desmatamento em Unidades de Conservação (UCs) da Amazônia desde 2008, entre agosto de 2024 e julho de 2025, segundo dados do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A redução foi de 31% em relação ao ano anterior e de 74% comparado a 2022.
Nas UCs federais da Amazônia, foram identificados 134 km² de desmatamento, enquanto no Cerrado o número chegou a 31 km², representando uma queda de 45% no bioma. Esses resultados reforçam a meta do Brasil de alcançar o desmatamento zero até 2030.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou os números e destacou o trabalho do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o compromisso do governo.
“Os resultados são fruto do trabalho sério do ICMBio e do nosso compromisso de zerar o desmatamento até 2030”, afirmou Lula em publicação nas redes sociais.
Povos tradicionais e COP30
O presidente ressaltou ainda o papel dos povos originários e comunidades tradicionais na preservação ambiental. Lula lembrou que, às vésperas da COP30, o Brasil apresentará ao mundo uma “Amazônia viva, diversa e soberana”.
Durante visita à região, Lula esteve acompanhado da ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) e do ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), reunindo-se com quilombolas e lideranças comunitárias para discutir políticas públicas e ampliar o acesso a programas federais.
Estratégia climática
A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, reforçou o papel das áreas protegidas na estabilidade climática e regulação das chuvas.
“As Unidades de Conservação beneficiam toda a sociedade e a economia brasileira ao manter serviços ecossistêmicos fundamentais”, destacou.
Expansão das áreas protegidas
Desde 2023, o governo federal criou ou ampliou 14 Unidades de Conservação nos biomas Caatinga, Mata Atlântica, Amazônia e Cerrado, além de áreas marinho-costeiras, totalizando cerca de 550 mil hectares. Também foram instituídas 59 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) no mesmo período.
O presidente do ICMBio, Mauro Pires, afirmou que a consolidação das UCs é uma das estratégias mais eficazes contra a mudança do clima:
“Às vésperas da COP, nossa mensagem é clara: investir em Unidades de Conservação é investir no futuro do planeta.”









































