Um editorial da revista The Economist, publicado nesta quinta-feira (23), defende a estratégia do governo federal brasileiro para a preservação da floresta Amazônica. Segundo o texto, o modelo de políticas públicas adotado no Brasil deveria ser replicado por outros países que buscam proteger suas florestas tropicais.
O editorial elogia a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Segundo a revista, a dupla aplica uma “combinação equilibrada de punição e incentivo” contra o desmatamento.
Contraste entre governos e queda do desmatamento
A The Economist contrasta a gestão atual com a anterior. “Durante o governo de Jair Bolsonaro, […] pouco foi feito para conter as motosserras”.
Em contraste, o governo Lula utiliza agentes federais fortemente armados para prender madeireiros ilegais. As autoridades também destroem garimpos clandestinos. Além disso, as propriedades onde ocorre desmatamento ilegal são impedidas de receber crédito subsidiado.
O editorial destaca que o ritmo do desmatamento na Amazônia caiu 80% durante os primeiros mandatos de Lula (2003–2011). O ritmo voltou a ser reduzido quando ele reassumiu em 2023, antes dos incêndios florestais.
Regularização de terras e tecnologia
Para a revista, o governo Lula compreende que a destruição da floresta Amazônica arruinaria a própria agricultura brasileira.
O editorial ressalta o esforço em proteger as terras indígenas, cujos povos são considerados excelentes guardiões da floresta. Outra estratégia elogiada é a regularização da posse de terras na Amazônia. A área é marcada por confusão e títulos sobrepostos.
A revista defende que o processo de regularização é uma estratégia a ser replicada. “Quando se sabe quem é o dono da terra, sabe-se também a quem punir por destruí-la ou recompensar por preservá-la”, diz o texto. A tecnologia de imagens digitais permite que infrações sejam detectadas rapidamente, auxiliando as autoridades.
Financiamento global
O editorial toca no tema do financiamento para a preservação. Como a manutenção das florestas tropicais é um bem público global, o mundo deveria ajudar a pagar por isso.
A The Economist ressalva que os países ricos demonstram reticência em oferecer ajuda internacional. A revista defende o método mais simples: “pagar diretamente aos governos de países […] onde o desmatamento for interrompido, conforme verificado por imagens de satélite”.










































