O Governo do Brasil lançou um painel digital para monitorar ações e políticas públicas na Terra Indígena Yanomami, reunindo informações atualizadas sobre o território e disponibilizando os dados a gestores de ministérios e órgãos públicos.
A ferramenta integra dados territoriais, demográficos e indicadores da Emergência Yanomami, permitindo uma visualização georreferenciada das ações e fortalecendo a governança e o planejamento das políticas públicas.
Gestão baseada em dados
Durante o lançamento, a secretária-adjunta da SAM/CC, Débora Beserra, destacou os desafios enfrentados nos primeiros dias de 2023 e a importância de dados organizados para o planejamento de políticas públicas.
“A Emergência Yanomami era a prioridade máxima do governo. Ter informações territorializadas é essencial para continuar implementando políticas de forma eficaz e permanente“, afirmou.
A presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas, Joênia Wapichana, reforçou a relevância do esforço conjunto dos órgãos federais.
“São ações concretas e coordenadas, que mostram uma resposta alinhada do governo frente à situação do território“, declarou.
Parceria e integração
O painel é uma iniciativa da Casa Civil e do CENSIPAM, e reúne informações de saúde, educação, assistência social, pesca, equipamentos públicos e demais projetos implementados na Terra Indígena Yanomami.
Participam da integração de dados os ministérios da Saúde (MS), Desenvolvimento Agrário (MDA), Educação (MEC), Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), Pesca e Aquicultura (MPA) e a Funai. Em breve, os ministérios dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) também contribuirão.
A secretária-adjunta da SAM, Janini Ginani, destacou a importância de informações territorializadas para qualificar ainda mais as ações governamentais.
Resultados concretos
O diretor operacional do CENSIPAM, Marcelo Sabbá de Alencar, reforçou o impacto da ferramenta na execução das ações.
O secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, ressaltou a construção do Centro de Referência em Saúde Indígena Yanomami, em Surucuru, que atenderá cerca de 10 mil indígenas de 60 comunidades, oferecendo atenção especializada.
Desde março de 2024, o governo também desmontou estruturas do garimpo ilegal, com fiscalização de pistas clandestinas, apreensão de combustíveis, embargo de áreas degradadas e prisão de envolvidos, impondo prejuízos estimados em R$ 500 milhões ao garimpo na região.
As ações são coordenadas pela Casa Civil da Presidência da República, com participação de mais de 20 ministérios e órgãos federais.