Acadêmicos e docentes da Universidade Federal de Rondônia (Unir), em parceria com a Prefeitura de Porto Velho e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema), deram início à 5ª Expedição Astronômica “Céus de Rondônia” nesta segunda-feira (29). A ação acontece até 2 de outubro nos distritos ribeirinhos do baixo Madeira.
O projeto conta também com a participação do Clube de Astronomia e Ciências de Rondônia e inclui observações celestes ao ar livre, exposições fotográficas, meteoritos e ciclos de palestras. As atividades começam sempre às 18h e têm linguagem acessível e gratuita para toda a comunidade.
Para o secretário da Sema, Vinícius Miguel, a observação astronômica é uma ferramenta de educação ambiental. “O céu escuro da Amazônia favorece o reconhecimento de constelações e chama atenção para temas como poluição luminosa, qualidade do ar, clima e conservação da biodiversidade noturna”, afirmou. Ele destacou ainda o apoio logístico e a mediação com lideranças locais, aproximando as comunidades da ciência e do meio ambiente.
O prefeito de Porto Velho, Léo Moraes, reforçou a importância da parceria da Prefeitura com instituições de ensino superior. “Essa integração aproxima cidadãos que estão longe dos centros tecnológicos do contato direto com ferramentas de pesquisa e observação, inspira jovens e promove consciência ambiental”, disse.
O docente Raul Pommer, um dos organizadores da expedição, explicou que a ação permite às comunidades acesso a telescópios, meteoritos e outros equipamentos de astronomia. “Mostramos aos alunos que eles podem ser astrônomos amadores e conhecer mais sobre o espaço sideral. O apoio da Sema é fundamental para levar essa experiência de forma segura e consciente”, destacou.
Alunos e professores das escolas Dra. Ana Adelaide Grangeiro (Calama), Manoel Maciel Nunes (Nazaré), Henrique Dias e Prof. Maria Angélica Queiroz (São Carlos/Aliança) também participam como parceiros da expedição.
A Sema coordena ainda orientações para um “evento de baixo impacto”, incluindo descarte correto de resíduos, respeito às áreas sensíveis de fauna, redução de ruídos, iluminação responsável e ações de sensibilização sobre céus escuros, beneficiando a saúde humana e a vida silvestre.