O Brasil registrou uma redução histórica no número de queimadas em agosto de 2025, com 18.451 focos de calor, o menor índice desde o início do monitoramento pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em 1998. O número representa uma queda de 61% em relação à média histórica para o mês (47.348 focos) e de 13,8% em relação ao recorde anterior, registrado em 2013 (21.410 focos).
No acumulado de 2025, o Inpe contabilizou 47.531 focos de queimadas em todo o país, com o Cerrado concentrando 47,9% dos registros, seguido pela Amazônia, com 28,3%, e o Pantanal, com apenas 0,4%. Entre os estados, Mato Grosso liderou os registros, representando 14,5% do total, seguido por Maranhão, Tocantins, Bahia e Pará.
O resultado reflete o impacto positivo das ações do Governo Federal no enfrentamento aos incêndios florestais, reforçando o compromisso com a preservação dos biomas, proteção da biodiversidade e combate às mudanças climáticas.
Entre as medidas adotadas em 2025 estão:
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Contratação de 4.385 brigadistas federais, o maior contingente da história, com aumento de 26% em relação a 2024.
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Ampliação da frota de helicópteros do Ibama, aumentando em 75% a capacidade de transporte e em 133% a capacidade de lançamento de água.
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Aplicação de R$ 405 milhões do Fundo Amazônia para apoio aos Corpos de Bombeiros nos estados da Amazônia Legal, com extensão para ações em estados do Cerrado e Pantanal, totalizando R$ 150 milhões.
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Sanção da Lei 15.143/2025, que agiliza contratações de brigadistas, permite uso de aeronaves estrangeiras e transferência direta de recursos do FNMA para estados e municípios.
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Elaboração e implementação dos Planos de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas (PPCDs) para todos os biomas brasileiros.
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Retomada da Sala de Situação Interministerial sobre Incêndios, integrada por 10 ministérios e seis órgãos federais, para monitoramento e ações conjuntas.
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Publicação de portarias e decretos declarando emergência ambiental, com definição de áreas vulneráveis e aumento das punições por incêndios florestais.
Segundo o governo, essas medidas combinadas contribuíram para a redução histórica das queimadas, demonstrando eficácia no planejamento, prevenção e combate aos incêndios florestais no país.