Com o agravamento do período de estiagem e aumento dos riscos de incêndios florestais, o governo de Rondônia intensificou as ações de educação ambiental em 2025. Entre janeiro e julho, mais de 9.900 pessoas foram diretamente alcançadas por iniciativas que unem conscientização, fiscalização e mobilização comunitária.
As atividades são coordenadas pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), dentro do Plano de Prevenção a Queimadas e Incêndios Florestais, que mantém ações contínuas nos municípios mais vulneráveis. Somente no primeiro semestre, foram realizadas 433 ações de educação ambiental, 414 outdoors com mensagens educativas, 22 eventos e reuniões com público médio de 1.100 pessoas, além de blitz educativas, pit-stops e campanhas em rádios, redes sociais e TV.
Mais de 3.750 alunos de escolas públicas participaram de atividades. Um dos destaques é o projeto “Farmácia Viva”, desenvolvido na Escola Estadual Mariana, em Porto Velho. O projeto ensina estudantes a cultivar e processar ervas medicinais, distribuindo os produtos à comunidade escolar. Para o coordenador da Sedam, Leandro Almeida, a proposta valoriza saberes tradicionais e reforça a relação dos jovens com a natureza.
A diretora da escola, Márcia Reis, destaca que a experiência vai além da sala de aula. “Os alunos levam o aprendizado para casa e transformam o comportamento das famílias. É um trabalho que multiplica o cuidado com o meio ambiente”, afirmou.
Em julho, atividades chegaram aos distritos de Nova Mutum, Jaci-Paraná e ao município de Alvorada do Oeste, com rodas de conversa, oficinas e dinâmicas sobre queimadas ilegais, mudanças climáticas e escassez de água. Em Alvorada do Oeste, cerca de 500 estudantes de 10 escolas foram mobilizados. As ações em Unidades de Conservação contaram com apoio do ICMBio, Universidade Federal de Rondônia (Unir), Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia (CBMRO), Polícia Ambiental e empresas do setor energético.
De acordo com o secretário da Sedam, Marco Antônio Lagos, o trabalho direto com comunidades e escolas é essencial para combater incêndios de forma sustentável. “A mudança de comportamento vem da informação e da consciência coletiva”, destacou.
Além da educação, o governo de Rondônia mantém operações como Verde Rondônia, Hileia e Temporã, fiscalizando áreas críticas e orientando moradores sobre o uso controlado do fogo. As parcerias com universidades, ONGs, secretarias municipais e associações potencializam os resultados. Em algumas localidades, materiais taxidermizados são usados para demonstrar o impacto das queimadas na fauna local.
Para o governador Marcos Rocha, a tecnologia e a conscientização andam juntas no enfrentamento ao fogo. “O monitoramento em tempo real é importante, mas a base é a informação e o envolvimento das comunidades. Só assim vamos reduzir os focos de calor e proteger nossas florestas”, finalizou.