Ogoverno de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), em colaboração com o Ministério da Educação (MEC), o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), reforça o convite à todas as escolas com turmas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental a participarem da VI Conferência Estadual Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CEIJMA). O objetivo é fomentar o diálogo e a ação diante dos desafios socioambientais contemporâneos, com foco na justiça climática e no protagonismo estudantil.
Com o tema “Vamos Transformar Rondônia com Educação e Justiça Climática”, a VI CEIJMA propõe um processo pedagógico, formativo e participativo de Educação Ambiental, que visa engajar estudantes de 11 a 14 anos, profissionais da educação e comunidades escolares. A Conferência busca promover reflexões e ações transformadoras nas escolas e em seus territórios. A iniciativa visa capacitar a juventude na identificação de situações de injustiça climática e na construção de alternativas sustentáveis, éticas e inclusivas, alinhadas aos princípios da equidade e da participação democrática.
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a participação dos estudantes na temática do meio ambiente fortalece a educação ambiental e capacita a juventude a ser agente de mudança e construir um futuro mais sustentável. “Com esse conjunto de ações, Rondônia reafirma seu compromisso com a educação ambiental, a participação infantojuvenil e a construção de soluções sustentáveis a partir do protagonismo estudantil, das escolas e comunidades locais”, evidenciou.
Segundo a gerente de Temas Contemporâneos Transversais (GTCT/CMDE/DGE) e coordenadora da Conferência em Rondônia, Pura Moreno Domingues, as conferências escolares na rede pública estão em andamento, com prazo final até 30 de junho. O registro das escolas no formulário eletrônico do site da CNIJMA poderá ser feito até 5 de julho. “A programação é ampla e vasta e começou ainda em setembro de 2024. Quando os estudantes são envolvidos ativamente em questões ambientais, eles desenvolvem uma consciência crítica e responsável em relação ao meio ambiente. Essa participação vai além da teoria em sala de aula, permitindo que eles compreendam os problemas ambientais de forma concreta e, mais importante, sintam-se parte da solução, transformando-os em cidadãos mais conscientes e engajados com o bem-estar de suas comunidades”, disse.
EIXOS TEMÁTICOS
A Conferência é desenvolvida a partir de três eixos fundamentais:
- Territórios Saudáveis: foca na promoção da saúde e bem-estar, com acesso equitativo a recursos básicos como água, ar puro, saneamento e energia limpa.
- Territórios que Protegem: aborda a prevenção de riscos e desastres ambientais, destacando a resiliência, a defesa civil e os saberes tradicionais.
- Territórios de Paz e Sustentabilidade: promove a inclusão, o respeito às diversidades e o combate a todas as formas de preconceito, além da construção de ambientes escolares mais acolhedores e conscientes.
PRINCÍPIOS
- Jovem educa jovem: o processo educacional parte das experiências da juventude, com os mais velhos auxiliando os mais novos.
- Jovem escolhe jovem: a representação democrática é feita pela escolha dos próprios estudantes.
- Uma geração aprende com a outra: o diálogo intergeracional é fundamental para o acúmulo de conhecimentos, acolhendo noções de inclusão, diversidade e equidade.
A coordenadora da Conferência em Rondônia observou que a participação estudantil em ações ambientais não se restringe aos muros da escola. “Ao aplicar o conhecimento e a consciência ambiental adquiridos em suas comunidades, os estudantes geram um impacto positivo direto. Exemplos incluem a implementação de hortas escolares que podem servir como modelos para hortas comunitárias, campanhas de reciclagem, mutirões de limpeza, reflorestamento, monitoramento de nascente de rios, conscientização sobre o uso da água e energia, e a defesa da biodiversidade local. Essas ações, muitas vezes simples, podem catalisar grandes transformações ao demonstrar que a mudança é possível e que cada um tem um papel fundamental”, explicou.
PROCESSO CONFERENCIAL
O processo da Conferência se desdobra em diversas etapas:
- Conferência na Escola: até 30 de junho (registro até 5 de julho), é a principal etapa de mobilização e escolha de propostas.
- Conferências Municipais/Regionais (opcionais): aprofundamento das ações entre escolas de uma mesma localidade.
- Conferência Estadual: será realizada nos dias 7 e 8 de agosto, em Porto Velho, com a escolha dos representantes de Rondônia.
- Conferência Nacional: acontecerá de 6 a 11 de outubro, com vivências formativas e apresentação dos projetos de todo o Brasil.
- Pós-Conferência: retomada local das ações com fortalecimento das Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola (Com-Vida).
MOBILIZAÇÃO EM RONDÔNIA
Desde 2024, Rondônia tem realizado uma série de ações para garantir a ampla participação das escolas:
- Setembro/Outubro de 2024: mobilização em Brasília, com os Coordenadores Estaduais para a VI Conferência Nacional.
- Novembro de 2024: reunião online com Fernanda Farias – ponto focal SECADI/MEC e todos os Superintendentes Regionais de Educação para mobilização.
- Março de 2025: formação e publicação da Portaria da Comissão Organizadora Estadual (COE) e parceria da FURG (1 prof. pesquisador e 2 jovens tutores) que auxiliam as escolas.
- Abril de 2025: reunião Deliberativa da COE para alinhamento das ações; Roda de Conversa online para a grande mobilização; Mobilização e formação in loco em 13 Superintendências Regionais de Educação e reunião online com 5 Superintendências. Após as orientações, as escolas iniciaram os debates internos, seguindo o Regulamento Estadual/Nacional e adaptando o tema para “Vamos Transformar Rondônia com Educação e Justiça Climática”.
- Maio de 2025: reunião online com a Coordenadora Nacional Viviane/MEC/SECADI sobre a VI CNIJMA.
- Junho de 2025: mobilização da coordenação/COE para o engajamento das conferências nas escolas, orientação para cadastro dos projetos na plataforma da conferência/MEC.
A secretária de Estado da Educação, Ana Lúcia Pacini, destacou que engajar os jovens na temática ambiental e capacitá-los a agir garante que as próximas gerações estarão mais preparadas para enfrentar os desafios socioambientais. Eles não apenas herdam um planeta com questões ambientais complexas, mas também a responsabilidade e as ferramentas para construir um futuro mais equitativo e sustentável. “O princípio de “Jovem educa jovem” exemplifica como essa troca de conhecimento e experiência entre diferentes idades e gerações é vital para a continuidade das ações e para um aprendizado contínuo. As 18 superintendências regionais de educação tem a missão de arregimentar as escolas, que por sua vez, estão engajadas motivando os estudantes de 11 a 14 anos a apresentarem seus projetos.”