DOMINGO, 28/12/2025

Em destaque

Fogo na Amazônia é etapa da exploração econômica do bioma

Para professor da UFPA, fogo é resultado da apropriação ilegal

Por Lucas Pordeus León - Repórter da Agência Brasil - 20

Publicado em 

Fogo na Amazônia é etapa da exploração econômica do bioma
Marizilda Cruppe/Greenpeace

Os incêndios que consomem o bioma amazônico são uma das etapas da exploração econômica da floresta, que vem sendo convocada pela economia mundial para fornecer alimentos e matérias-primas baratas, permitindo a manutenção do preço dos salários nos países mais desenvolvidos e o aumento do lucro em escala global. Essa é a avaliação do professor de economia Gilberto de Souza Marques, da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Autor do livro Amazônia: riqueza, degradação e saque, o especialista destaca que a agropecuária, a mineração e o setor madeireiro são as principais atividades que contribuem para o desmatamento da Amazônia e que a grilagem de terra alimenta essa exploração econômica.

Marques questiona o modelo econômico imposto ao bioma, argumentando que nem tudo que gera muito lucro é o melhor para o conjunto da sociedade brasileira. Além disso, afirma que a Amazônia já está internacionalizada porque as grandes multinacionais da mineração e do agronegócio são as que controlam a economia dominante na região.

Para o especialista em economia política, natureza e desenvolvimento, as experiências dos povos indígenas e comunidades tradicionais são as sementes de esperança que devem ser regadas para se contrapor à monocultura na região amazônica.

Confira a entrevista completa:

Agência Brasil: Qual a relação da destruição da Amazônia com a exploração econômica do bioma?

Gilberto Marques: A Amazônia tem duas grandes tarefas no mundo que são incompatíveis. A primeira é contribuir para aumentar a rentabilidade do capital nas economias centrais, com o rebaixamento dos custos de produção. Isso significa produzir matérias-primas baratas de exportação para a China e para a Europa, como o ferro, a soja e outros produtos.

Ao produzir alimentos baratos, a Amazônia diminui a pressão para elevação salarial nesses países e contribui para elevar as taxas de lucro em meio a uma economia global que vive sucessivas crises de rentabilidade do capital.

A segunda tarefa da Amazônia é contribuir para reduzir os efeitos do aquecimento global, em particular a emissão de gases de efeito estufa. Na atualidade, essas duas tarefas são incompatíveis porque a primeira tarefa impõe um ritmo de apropriação da natureza como nunca visto nos 13 mil anos de existência humana na Amazônia.

Esse ritmo ditado pela busca do lucro faz com que a natureza tenha dificuldade de se recompor, pois são atividades extremamente degradantes para a natureza.

Agência Brasil: Quais as principais atividades que contribuem para degradar a Amazônia?

Gilberto: Principalmente a mineração e o agronegócio associados à exploração madeireira. E a característica mais gritante na Amazônia é que o legal se alimenta do ilegal e o ilegal do legal.

O setor pecuarista, que se apropria de terras públicas e que utiliza muitas vezes o trabalho escravo, continua, de alguma forma, vendendo o seu gado para as grandes cadeias da comercialização dos grandes frigoríficos, direta ou indiretamente.

Indiretamente porque eles maquiam esse gado [de áreas griladas] e os frigoríficos sabem disso. O gado que não pode ser vendido para Europa, por exemplo, porque tem regras mais rígidas, segue para o Nordeste ou o Sudeste, abastecendo esses mercados regionais e permitindo que os rebanhos criados nessas regiões possam ser exportados sem prejuízo do consumo local. Direta ou indiretamente, o gado amazônico, mesmo criado em áreas ilegais, entra nas grandes cadeias de proteína animal do planeta.

Em 2021, o principal produto exportado pelo município de São Paulo foi o ouro, com aproximadamente 27% de tudo que o município exportou. De onde vem esse ouro que entra nos grandes circuitos legais da financeirização da economia? Esse ouro sai, em grande medida, dos circuitos ilegais que estão destruindo a Amazônia.

A mineração destrói intensivamente a floresta, o solo e subsolo, mas ela ocorre em espaço menor, ainda que tenha uma extensão além da mina, como é o caso da contaminação dos rios. Já a agropecuária usa extensas áreas e o uso de agrotóxicos mata os insetos que polinizam a floresta.

Além disso, a plantação de soja retira cobertura vegetal, aumentando a temperatura em torno do campo de plantio e os riscos de incêndios. Essas atividades estimulam a apropriação ilegal da terra na Amazônia.

Agência Brasil: Como ocorre essa apropriação ilegal da terra da Amazônia?

Gilberto: O grileiro se apropria de uma terra pública, de uma área de preservação ou de território indígena, e derruba a floresta de imediato. Em seguida, vende para um segundo proprietário que sabe que a terra é ilegal pelo próprio preço de venda, que é rebaixado.

Depois de comprar, o segundo dono entra com o pedido de regularização fundiária dessa terra, argumentando que a comprou de boa-fé, acreditando que era uma terra legalizada.

Esse argumento da boa-fé serviu para regularizar propriedades griladas desde os governos da ditadura empresarial militar, com o argumento de que isso geraria segurança jurídica e impediria a grilagem de terra. Na realidade, isso estimula a grilagem na região amazônica.

Agência Brasil: Por que existe o risco de a soja avançar ainda mais no bioma amazônico?

Gilberto: Por que o custo de transporte é elemento determinante hoje na soja. Do município de Sorriso (MT) até o Porto de Paranaguá, no Paraná, são 2,2 mil km. Depois de embarcada nos navios, ela sobe toda a costa brasileira.

Quando essa soja é produzida aqui na Amazônia, próximo à linha do Equador, ou com conexão com os rios, o custo de transporte cai bastante ou chega a quase zero. É o caso da soja que está sendo produzida no Amapá, a 70 quilômetros do porto.

Ou seja, há uma redução de custo brutal nesse processo e a redução eleva a rentabilidade da atividade, permitindo que o produto chegue barato aos mercados centrais.

Fora isso, quando, por meio da Lei Kandir, o governo deixa de cobrar o ICMS sobre essa exportação, o produto pode ser vendido por um preço abaixo de seu valor, sem que a empresa perca nada. Mas o Estado deixou de arrecadar o que lhe caberia. Há, então, uma transferência de valor do Brasil para as economias centrais. Vendemos mercadorias e recebemos menos do que elas efetivamente valem.

Agência Brasil: Os incêndios na Amazônia têm relação com a exploração econômica?

Gilberto: O fogo é resultado desse processo de apropriação ilegal da terra e é uma etapa da exploração econômica. Durante o primeiro semestre do ano, que é o período de mais chuva, se faz a derrubada da floresta para a retirada das madeiras.

Quando começa o verão amazônico, que ocorre entre o final de junho até setembro principalmente, se toca muito fogo na floresta para queimar o que se derrubou no primeiro semestre, mas não se aproveitou para a atividade madeireira. Então, se forma o pasto.

Além disso, 80% das propriedades da floresta são reservas legais que não podem ser desmatadas. O proprietário então toca fogo na floresta e diz que aquilo foi um incêndio não produzido por ele. Como deixou se ser floresta, ele vai utilizar a área para o aumento do pasto, para o plantio de soja ou outra atividade do agronegócio.

Quando você pega a distribuição do fogo, você vê que a concentração está exatamente nos municípios em que mais avança o agronegócio. Como é o caso de São Félix Xingu (PA), que tem o maior reganho bovino do Brasil.

Porém, o que estamos vendo hoje, neste início de setembro, é um descontrole porque alguns dados de monitoramento apontam que até um terço do fogo sobre a Amazônia está ocorrendo em floresta em pé, diferentemente do padrão típico que é o fogo sobre floresta que foi derrubada no primeiro semestre.

Agência Brasil: O senhor diz que a Amazônia está internacionalizada no mercado global. Como é isso?

Gilberto: A Amazônia está internacionalizada porque os grandes ramos da produção do agronegócio e da mineração estão controlados pelas grandes empresas multinacionais em escala internacional.

As duas maiores plantas de alumina e alumínio do planeta estão no Pará e são controladas por uma empresa transnacional, que é a Hydro, de capital principalmente norueguês. O principal acionista é o governo da Noruega, que é também o principal doador do Fundo Amazônia.

A Vale do Rio Doce anunciou que a maior parcela do seu capital total é negociada em circuitos estrangeiros, ou seja, não está nas mãos de brasileiros. Se pegarmos o comércio de grãos, principalmente soja, quem comercializa e controla esse comércio na Amazônia são as grandes transnacionais do agronegócio como Cargill, Bunge, ADM [Human, Pet and Animal Nutrition Company] e LDC [Louis Dreyfus Company].

Agência Brasil: Qual a exploração econômica sustentável alternativa que pode beneficiar o povo brasileiro?

Gilberto: Nosso desafio é entender que não necessariamente o que dá grande lucro é algo que beneficia o conjunto da população ou que seja necessariamente o melhor para o país e para a região.

Precisamos problematizar essa noção de desenvolvimento como simples expansão da economia. Historicamente, isso foi utilizado no Brasil para justificar determinadas políticas, mas o resultado foi exclusão social e o enriquecimento de uma pequena minoria.

Nesse sentido, temos experiências em curso na região amazônica que são ainda muito incipientes, mas muito ricas. A produção agroecológica, com as agroflorestas, é uma delas. Outras experiências são as atividades comunitárias, como a pesca do Mapará, no Rio Tocantins, onde as pessoas se juntam para pescar e o resultado é distribuído entre todos, inclusive entre aqueles que não puderam pescar.

Tem ainda a rica experiência do povo indígena Ka’apor, do Maranhão, que tem criado áreas de proteção quando identifica a entrada de madeireiros e outros invasores. Eles constroem comunidades nas rotas dos invasores, barrando a entrada deles. Já criaram 12 áreas de proteção, permitindo a recomposição da floresta.

Temos que ajudar a disseminar essas experiências de integração sociedade-natureza em oposição à monocultura na Amazônia. A gente tem que olhar a Amazônia com esperança, porque ela ainda é a maior concentração de matéria viva do planeta.

Ela captura dióxido de carbono e cumpre papel vital para a existência da humanidade. O planeta vai continuar existindo, o que está em questão é a continuidade da humanidade. Nesse sentido, a Amazônia é a esperança para o planeta. E os povos que vivem na Amazônia, por meio de suas experiências, são sementes de esperança que temos que ajudar a brotar.

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
NEWSTV
Publicidade
NEWSTV
Publicidade
Publicidade

NEWS QUE VOCÊ VAI QUERER LER

Ação integrada reaproveita 100% da poda de árvores e gera economia ao município

Ação integrada reaproveita 100% da poda de árvores e gera economia ao município

Ação integrada entre secretarias municipais utiliza a poda de árvores para produzir adubo orgânico destinado à agricultura familiar e moradores da capital.
L
Pesquisadoras da Uerj integram grupo do IPCC da ONU

Pesquisadoras da Uerj integram grupo do IPCC da ONU

IPCC seleciona brasileiras para relatório climático global.
L
Brasil terá Natal com ondas de calor e chuvas em várias regiões

Brasil terá Natal com ondas de calor e chuvas em várias regiões

Temperatura elevada deve predominar em Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
L
Energisa doa mudas nativas para ações ambientais da Sedam

Energisa doa mudas nativas para ações ambientais da Sedam

Preservação ambiental é reforçada com espécies amazônicas.
L
Plantio ambiental inspira Carnaval de carbono neutro em Porto Velho

Plantio ambiental inspira Carnaval de carbono neutro em Porto Velho

Ação une educação, folia e preservação ambiental.
L
Publicidade
Publicidade
ENERGISA
Publicidade

DESTAQUES NEWS

Con(CS)erto de ferro e flor” estreia em Ji-Paraná com exibição gratuita, acessível e debate sobre violência de gênero

Exibição gratuita e acessível promove reflexão e debate sobre violência de gênero na cidade
L

Alerta para descargas elétricas na região de Porto Velho devido a chuvas intensas

Projeções do CPTEC confirmam a ocorrência de numerosos pontos de raios em áreas dentro do município de Porto Velho e, em particular, na capital.
L
Cirurgia de Bolsonaro é realizada para tratar soluço persistente

Cirurgia de Bolsonaro é realizada para tratar soluço persistente

Cirurgia de Bolsonaro busca aliviar sintomas após meses de crises.
L
Audiência de custódia é marcada para presos por trama golpista

Audiência de custódia é marcada para presos por trama golpista

Audiência de custódia será realizada por videoconferência neste sábado.
L
Moraes ordena prisão domiciliar de réus por trama golpista

Moraes ordena prisão domiciliar de réus por trama golpista

Trama golpista leva STF a restringir liberdade de militares e ex-assessor.
L
Publicidade

EMPREGOS E CONCURSOS

AgSus abre processo seletivo em Rondônia com salários de R$ 5,8 mil

AgSus abre processo seletivo em Rondônia com salários de R$ 5,8 mil

Agência Brasileira de Apoio à Gestão do SUS oferece vagas de níveis médio e superior para atuação no Programa Mais Médicos em Porto Velho.
L
Processo Seletivo Simplificado da Prefeitura de Porto Velho abre vagas para professores

Processo Seletivo Simplificado da Prefeitura de Porto Velho abre vagas para professores

Processo Seletivo prevê contratação temporária de docentes para zonas urbana e rural
L
CRECI-RO lança concurso público com vagas para três municípios de Rondônia

CRECI-RO lança concurso público com vagas para três municípios de Rondônia

O Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI-RO) publicou edital de certame com oportunidades para níveis médio e superior em Porto Velho, Ji-Paraná e Vilhena, no concurso público do CRECI-RO.
L
CNU 2: FGV altera horário das bancas de candidatos negros e com deficiência

CNU 2: FGV altera horário das bancas de candidatos negros e com deficiência

Fundação Getúlio Vargas (FGV) comunicou a atualização do Cartão de Confirmação de Inscrição, com alterações de horário e turno, para convocados nos procedimentos de Caracterização da Deficiência e Confirmação Complementar à Autodeclaração de Pessoas Negras do (CNU 2025).
L
Ministério da Gestão nomeia 677 aprovados no Concurso Unificado

Ministério da Gestão nomeia 677 aprovados no Concurso Unificado

Cargos de analista, engenheiro, médico e outros estão distribuídos em seis pastas ministeriais; empossados no Concurso Público Nacional Unificado devem apresentar documentação digitalmente pelo Portal do Servidor.
L
Publicidade

POLÍTICA

Trama golpista prisões são mantidas após custódia

Trama golpista prisões são mantidas após custódia

Trama golpista tem prisões domiciliares confirmadas após audiências.
L
Toffoli mantém diretor do BC em acareação do Master

Toffoli mantém diretor do BC em acareação do Master

Toffoli nega recurso do BC e reforça relevância de participação.
L
Instituto Voto Legal tem presidente considerado foragido pela PF

Instituto Voto Legal tem presidente considerado foragido pela PF

Instituto Voto Legal entra no foco após mandado não ser cumprido.
L
Chrisóstomo lamenta morte do pai e exalta legado

Chrisóstomo lamenta morte do pai e exalta legado

Coronel Chrisóstomo destaca fé e valores do ex-militar aos 91 anos.
L
Bolsonaro passa por cirurgia após crise de soluço

Bolsonaro passa por cirurgia após crise de soluço

Bolsonaro deve fazer novo procedimento na segunda-feira.
L
Publicidade
Publicidade

POLÍCIA

Cadáver em decomposição é achado em casa no Três Marias

Cadáver em decomposição é achado em casa no Três Marias

Vizinhos encontraram corpo em decomposição após três dias sem contato.
18
SEMA resgata cães e prende tutor por maus-tratos em Porto Velho

SEMA resgata cães e prende tutor por maus-tratos em Porto Velho

Denúncias levaram à prisão por maus-tratos a animais na zona norte.
12
Polícia fecha ponto de drogas e prende casal em Porto Velho

Polícia fecha ponto de drogas e prende casal em Porto Velho

Ação do 5º BPM captura suspeitos de tráfico de drogas no Socialista.
14
Casal é preso com drogas durante ação no bairro Socialista

Casal é preso com drogas durante ação no bairro Socialista

Tráfico de drogas é alvo de operação do 5º Batalhão neste domingo.
12
Violência doméstica em Porto Velho termina com prisões e resistência

Violência doméstica em Porto Velho termina com prisões e resistência

Violência doméstica relatada em ocorrência policial envolve agressões e tentativa de impedir ação da PM.
16
Publicidade

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Entidades defendem BC em críticas ao caso Master

Entidades defendem BC em críticas ao caso Master

Setor financeiro apoia Banco Central em decisões do caso Master.
L
Universidades engajam favelas em estudo climático

Universidades engajam favelas em estudo climático

Pesquisa sobre crise climática envolve moradores de favelas até 2027.
L
Esporte olímpico brasileiro fecha 2025 em alta

Esporte olímpico brasileiro fecha 2025 em alta

Retrospectiva esportiva destaca desempenho internacional do Brasil em 2025.
L
Evite infecções e intoxicação nas férias na praia

Evite infecções e intoxicação nas férias na praia

Praia exige cuidados com alimentos e higiene no calor.
L
Dormir bem alivia sintomas, mas não resolve tudo

Dormir bem alivia sintomas, mas não resolve tudo

Sono como pilar da saúde integral.
L
Araguaína vence Tocantinópolis na final do Tocantinense

Araguaína vence Tocantinópolis na final do Tocantinense

Tocantinense tem primeiro jogo da decisão com vitória do Araguaína.
L
Corpo de piloto é encontrado após queda de ultraleve em Copacabana

Corpo de piloto é encontrado após queda de ultraleve em Copacabana

Piloto de ultraleve é a única vítima confirmada do acidente.
L
Ultraleve cai no mar de Copacabana no RJ

Ultraleve cai no mar de Copacabana no RJ

Ultraleve desaparece na água e equipes fazem buscas no litoral.
L
Brigitte Bardot, estrela mundial do cinema, morre aos 91 anos

Brigitte Bardot se despede do mundo, mas permanece eterna na memória do cinema e da causa animal

Ícone francês que marcou gerações com coragem, beleza e irreverência, a atriz deixou as telas para defender os animais e encerrou sua vida cercada de admiração, polêmicas e um legado impossível de apagar.
L
DOU publica empréstimo de R$ 12 bi para os Correios

DOU publica empréstimo de R$ 12 bi para os Correios

Correios receberão aporte bilionário para reestruturação financeira.
L
Logo News Rondônia
Visão geral da privacidade

Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.