O desmatamento e as queimadas provocadas por ocupações irregulares têm se tornado uma vertente de destruição da floresta amazônica. Mas como saber os efeitos dessa interferência humana no meio ambiente? É o que pesquisadores ligados ao Laboratório de Ictiologia e Ordenamento Pesqueiro do Vale do Rio Madeira (LIOP), do Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente (IEAA), estão tentando descobrir.
Em 2022, o grupo saiu a campo para coletar dados que justificassem a tese da pesquisa. Dois anos depois, com os levantamentos em mãos, o estudo foi apresentado esta semana no 55º Observatório BR-319. Para o líder da pesquisa, Dr. Marcelo Rodrigues dos Anjos, as expedições buscam entender que tipo de modificação o desmatamento, as invasões humanas e a divisão das vidas aquáticas têm como consequência com a construção da estrada que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM).

O foco do estudo é fazer um inventário das comunidades de peixes encontradas nos igarapés entre o circuito Madeira-Purus. Em três meses de expedição, a partir de 2022, foram coletados pouco mais de 330 peixes de 66 espécies, diz o pesquisador.
A pesquisa também revela que a qualidade da água nestes locais está dentro do que é considerado normal. Por fim, os pesquisadores explicam que as avaliações no entorno da BR-319 irão acontecer de forma continuada.
Com informações de “A Crítica”.