Por Emerson Barbosa
A noite de segunda-feira, (27) a grande estrela, a – floresta amazônica virou palco para a maior cerimonia em defesa do meio ambiente brasileiro e dos seus povos com o lançamento da primeira edição do Prêmio Nobel Verde, o United Earth Amazônia, no Teatro Amazonas, direto de Manaus.
Na plateia, nomes de peso, como o rei Roberto Carlos que viajou pessoalmente de forma inédita para acompanhar a cerimônia na qual foi premiado como artista brasileiro ao lado do falecido amigo, Erasmo Carlos.
No meio de tantas autoridades e estrelas, uma delas, de Rondônia foi agraciada com o Prêmio Nobel Verde, Almir Suruí, líder do povo Paíter Suruí venceu na categoria Responsabilidade Social e Governança – [ESG] pelo desenvolvimento do Projeto Pamine, Renascer da Floresta.
No seu agradecimento, Almir buscou enaltecer a luta do seu povo que de dentro da floresta em Rondônia luta para a continuação humanidade. “Receber esse prêmio hoje é muito satisfatório, pois é uma iniciativa que ajuda a proteger a floresta e a luta pelo futuro da humanidade".
Desenvolvido há mais de uma década, pelos Paiter, o projeto de reflorestamento passou a deslanchar após uma pesquisa que mapeou o quase completo desaparecimento (de 17 espécies de árvores nativas) no Território Sete de Setembro por conta das práticas de crimes ambientais. Do diagnostico, os Suruí foram em busca das parcerias. E delas para a prática com o replantio das espécies envolvendo a comunidade indígena.
No livro, ‘Pamine’, o renascer da floresta, da escritora, Andréia Bavaresco, o líder do povo Paiter e coordenador-geral da Associação Metareilá, Almir Narayamoga Suruí, destaca a proposta como um orgulho realizado.
“O plantar, o devolver à floresta o que fora tirado, nos deixou felizes e orgulhosos de sermos guardiões da vida”.
Dos 22 projetos inscritos, outros quatro venceram a categoria Responsabilidade Social e Governança (ESG) são eles: Associação Vaga Lume, Projeto Eco-Etnodesenvolvimento Sataré Mawé, Sakaguchi Agroflorestal, Braziliando, Rede Mulheres do Maranhão.
O Prêmio United Earth Amazôniaé uma parceria com a United Earth, dirigida Marcus Nobel, descendente direto do químico Alfred Nobel, criador do ‘Prêmio Nobel’. A versão brasileira tem meta a de enaltecer (as ações nas áreas de arte, música e responsabilidade ambiental, social e de governança corporativa).
Marcus Nobel, destacou que na década de 70, seu pai havia cogitado a criação do Prêmio Nobel, exclusivo para a Amazônia, mas na época, a ideia foi rechaçada dentro do comitê. “Em 1972, eu tinha 16 anos, de volta a Suécia, meu pai, Claes Nobel foi até a Fundação do Prêmio e perguntou: será que não deveria existir um Prêmio Nobel para o meio ambiente. Por algum motivo, eles disseram que não. Então, meu pai criou o United Earth”, disse ele emocionado.