O ano de 2025 marcou a transformação definitiva de João Fonseca em um dos nomes mais empolgantes do tênis mundial. O carioca de 19 anos iniciou a temporada na 145ª posição do ranking e encerrou entre os 24 melhores do planeta, numa ascensão histórica que o consolidou como o número 1 do Brasil e principal promessa do esporte no país.
A decisão de abandonar o caminho universitário nos EUA para investir integralmente na carreira profissional se provou certeira. Logo em janeiro, Fonseca venceu seu primeiro título Challenger, em Camberra, e iniciou a escalada. Na estreia em Grand Slams, no Aberto da Austrália, eliminou o top 10 Andrey Rublev, por 3 sets a 0, em atuação que repercutiu no circuito e rendeu elogios de lendas como Novak Djokovic, que definiu o brasileiro como “corajoso, completo e impressionante em um grande palco”.
Após Melbourne, o ritmo só acelerou. O carioca conquistou seu primeiro troféu ATP 250, em Buenos Aires, superando Francisco Cerundolo na final e recebendo a saudação de Carlos Alcaraz, então líder do ranking. Vieram convites para torneios importantes, vitórias marcantes em Masters 1000 e uma temporada de regularidade inédita para um brasileiro tão jovem.
A sequência incluiu campanhas sólidas em Roland Garros, onde venceu Hubert Hurkacz, e Wimbledon, competição em que se tornou o mais jovem em 14 anos a alcançar a terceira rodada. O currículo de 2025 também trouxe protagonismo na Copa Davis, com triunfo sobre Stefanos Tsitsipas, que ajudou o Brasil a garantir vaga nos qualifiers de 2026.
O momento mais simbólico veio em outubro: Fonseca conquistou o ATP 500 da Basileia, derrotando Alejandro Davidovich Fokina na decisão. Menos de dois dias depois, voltou às quadras no Masters 1000 de Paris, onde superou Denis Shapovalov e encerrou o ano antes do previsto por uma lombalgia, já com a missão cumprida.
A temporada terminou com um amistoso inesquecível contra Alcaraz no Miami Invitational. João levou o jogo ao match tie-break, abriu 5 a 0 e viu o espanhol reagir de forma espetacular para vencer por 2 sets a 1. A derrota não apagou o brilho da exibição: foi, para muitos, a prévia de um duelo que poderá ser recorrente no topo do tênis mundial.
Com um estilo aguerrido, carisma fora das quadras e um jogo cada vez mais completo, João Fonseca transformou-se em fenômeno esportivo e em nova referência para o tênis brasileiro. Após um ano mágico, o jovem encerra 2025 com confiança, impacto internacional e a expectativa natural de quem pode ir além.
“Foi um ano maravilhoso. Minha temporada começou no Next Gen, ganhei do Rublev e, a partir daí, foi só para cima. Muito grato por tudo”, resumiu Fonseca, emocionado, ao fim do ciclo.
O futuro — como dizem os fãs — já começou.











































