A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou que não irá divulgar publicamente os áudios da conversa entre o árbitro central e o VAR referentes aos lances polêmicos do clássico entre São Paulo e Palmeiras, que terminou em vitória palmeirense por 3 a 2.
A razão para a não divulgação está no protocolo oficial da CBF: a entidade só torna públicos os áudios de lances que exigiram que o árbitro central fosse até o monitor de campo para a revisão final. Como nenhum dos lances reclamados pelos clubes durante o “Choque-Rei” resultou nessa revisão no monitor, a regra de divulgação pública não se aplica.
Reclamações do São Paulo e Afastamento dos Árbitros
Apesar da não divulgação, os clubes têm o direito de solicitar os áudios das conversas dos árbitros por meio de um Fórum Permanente da CBF, mas o acesso é restrito apenas aos envolvidos: clubes, entidade e profissionais da arbitragem.
O São Paulo foi o clube mais vocal nas reclamações, apontando pelo menos cinco erros da equipe de arbitragem que, segundo o Tricolor, influenciaram diretamente no resultado da partida. O principal lance contestado foi um possível pênalti não marcado no início do segundo tempo, quando Allan derrubou Tapia na área após um escorregão. Neste lance, o VAR não recomendou a revisão de campo.
Outras reclamações do São Paulo incluíram:
- Ausência de punição com cartão vermelho para Andreas Pereira, do Palmeiras.
- Agressão de Gustavo Gómez em Tapia.
- Carrinho de Raphael Veiga em Enzo Días.
Em contrapartida, o técnico Abel Ferreira (Palmeiras) reclamou de um puxão de Bobadilla em Allan, que, por já ter amarelo, deveria ter resultado na expulsão do jogador do São Paulo.
O árbitro central Ramon Abatti Abel e o árbitro de vídeo Ilbert Estevam da Silva, responsáveis pelo clássico, foram afastados pela CBF para um período de “reciclagem” e aprimoramento interno.