Um novo estudo, intitulado “Pitches in Peril”, aponta que o calor extremo e as ameaças climáticas representam um sério risco para a Copa do Mundo de 2026, na América do Norte. O relatório indica que 10 dos 16 estádios-sede correm risco muito alto devido às condições extremas de estresse por calor. A situação é tão preocupante que, sem adaptações, esta pode ser a última Copa do Mundo da região.
O estudo prevê que, até 2050, cerca de 90% dos estádios da América do Norte precisarão de adaptações para o calor. Além disso, um terço deles enfrentará uma demanda de água igual ou superior à oferta. O relatório também alerta para o impacto nas sedes das Copas de 2030 e 2034 e nos campos de futebol amadores, já usados por 18 jogadores icônicos.
A Copa do Mundo de Clubes de 2025, realizada nos Estados Unidos, serviu como um aviso. As condições foram descritas como “impossíveis” pelos jogadores, e a FIFA precisou implementar intervalos para hidratação e resfriamento, além de bancos com sombra e ventiladores, para garantir a segurança. Segundo o relatório, 14 dos 16 estádios da Copa de 2026 já excederam os limites de segurança para pelo menos três riscos climáticos: calor extremo, chuvas e inundações.
Piers Forster, diretor do Priestley Centre for Climate Futures, reforça o cenário. Ele afirma que os riscos aumentarão significativamente “a menos que tomemos medidas drásticas, como transferir as competições para os meses de inverno ou para regiões mais frias”.
O relatório de 96 páginas faz um apelo ao mundo do futebol para que se comprometa com a meta de emissões líquidas zero até 2040. Os organizadores de torneios também são incentivados a criar fundos de adaptação. A pesquisa com torcedores revela que 91% dos entrevistados esperam que a Copa do Mundo de 2026 seja um modelo de sustentabilidade.