A primeira edição do Mundial de Clubes com 32 equipes, que terminou no último domingo (13) em Nova York, Estados Unidos, revelou-se um teste fundamental para a FIFA. O torneio, vencido pelo Chelsea, funcionou como uma prévia essencial para a Copa do Mundo de seleções de 2026, que terá um número recorde de 48 equipes, totalizando 104 partidas em Estados Unidos, Canadá e México.
A FIFA expandiu o Mundial de Clubes em mais de quatro vezes seu tamanho original, com 32 equipes, adotando um formato que mimetiza o que os torcedores podem esperar no próximo ano. “É um ensaio para a Fifa”, afirmou Alan Rothenberg, ex-presidente da U.S. Soccer e responsável pela Copa do Mundo de 1994 nos EUA. Ele acredita que a entidade aprendeu com “alguns erros e problemas iniciais” e agora tem experiência para facilitar a organização em 2026.
Desafios Enfrentados: Calor e Gramado
Organizadores enfrentaram críticas de jogadores, torcedores e técnicos devido a problemas como as condições do gramado, a programação dos jogos e o calor intenso. Algumas partidas foram disputadas com temperaturas de 29°C ou mais, com o sindicato global de jogadores, FIFPro, alertando que o calor deveria “servir como um alerta”. O meio-campista do Chelsea, Enzo Fernández, descreveu as temperaturas como “muito perigosas” para jogar.
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, reconheceu as críticas. “Cada crítica que recebemos é uma fonte para estudarmos, analisarmos e vermos o que podemos fazer melhor”, disse ele antes da final, acrescentando que “o calor é definitivamente um problema” global. Infantino afirmou que a Copa do Mundo de 2026 utilizará estádios com telhados e controle climático para acomodar mais jogos diurnos. Dos 16 estádios, Atlanta, Dallas, Houston e Vancouver possuem coberturas.
Controle Operacional e Centro de Transmissão
A FIFA está assumindo um controle operacional maior sobre o torneio de 2026 em comparação com edições anteriores, segundo Rothenberg. A entidade já estabeleceu escritórios de campo em Miami e na Trump Tower, em Nova York, em preparação para o evento. O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, inclusive, esteve presente no MetLife Stadium no domingo (13) para entregar o troféu ao Chelsea, que venceu o Paris Saint-Germain por 3 a 0.
De janeiro de 2025 até o final do torneio de 2026, a FIFA manterá um centro de transmissão em Dallas. Uma versão menor desse centro foi utilizada no estacionamento do MetLife Stadium, em Nova Jersey, para o Mundial de Clubes. “Não se trata de um teste – vamos aprender muito com a Copa de 25, mas este é um evento histórico para nós”, disse Oscar Sánchez, chefe de produção de transmissão da sede, destacando a magnitude do evento de 2026.