No dia 29 de julho de 2024, na sede do Ferroviário Atlético Clube em Porto Velho – RO, ocorreu mais uma tumultuada eleição da Federação Rondoniense de Voleibol. Como já vem acontecendo nos últimos anos na Federação de Vôlei de Rondônia, após decisão judicial que afastou o ex-presidente Sérgio Feitosa da Costa por ter realizado eleições irregulares ainda em 2022, foi determinada nova eleição respeitando o Estatuto da Federação. Novamente, a Federação parece não ter respeitado disposições estatutárias, realizando um pleito que certamente será decidido nos tribunais.
Após inúmeras decisões judiciais para tentar sanear a realização das eleições na Federação de Vôlei, há notícias de que ontem ocorreram manobras como inclusão no colégio eleitoral de associação que está desde 2008 baixada na Receita Federal, clubes sem condições de voto e, principalmente, delegados representando atletas para votar na chapa da presidente em exercício, Sabrina Carneiro, em flagrante ilegalidade que acabou decidindo o pleito.
Outro ponto desconsiderado pela Assembleia é o fato de que a presidente em exercício não estaria apta a concorrer, uma vez que suas contas não estariam aprovadas desde o ano de 2018, conforme ata do cartório que comprova a ilegalidade. Como a Federação recebe dinheiro público, tal fato de inadimplência é grave e passível de responsabilização nas esferas competentes, o que irá refletir nesse processo eleitoral, que não se encerra com a votação ocorrida ontem, que elegeu Sabrina Carneiro de maneira contestada.
Assim como ocorreu na Venezuela, quando diplomatas foram expulsos do país por contestar a eleição, na Assembleia de Eleição da Federação de Voleibol o pleito e a solenidade foram encerrados sem haver ata pronta, impondo a expulsão da oposição. Em meio às contestações internas de alguns clubes que não corroboraram com a forma como o pleito foi realizado, iremos aguardar as cenas do próximo capítulo da novela venezuelana que está sendo exibida pela Federação do Vôlei.