Embora pareça ficção pura, Stranger Things nasce de um dos capítulos mais obscuros da Guerra Fria: o Projeto MKUltra, programa secreto da CIA voltado para técnicas de controle mental. Os Duffer Brothers beberam diretamente dessa fonte, misturando fatos documentados, teorias conspiratórias e elementos sobrenaturais.
Lançado em 1953, o MKUltra utilizou cobaias involuntárias, altas doses de LSD, privação sensorial, hipnose e eletrochoque para investigar como destabilizar inimigos e extrair informações. Décadas depois, parte dos arquivos foi destruída, mas documentos remanescentes revelaram o caráter abusivo dos experimentos.
Na série, o Laboratório de Hawkins replica a estética e parte das práticas do MKUltra. A mãe de Eleven, Terry, aparece submetida a drogas psicodélicas e isolamento, refletindo casos históricos. O enredo vai além ao sugerir que esses experimentos teriam produzido habilidades psíquicas — recurso ficcional, mas baseado em temores reais da época.
Outro elemento incorporado é o Projeto Montauk, teoria da conspiração que envolve supostas pesquisas sobre viagem no tempo, teletransporte e guerra psicológica. Embora nunca tenha sido comprovado, o tema ampliou o imaginário que molda Stranger Things.
O verdadeiro MKUltra terminou oficialmente em 1973, deixando vítimas sem reconhecimento e inúmeros registros apagados. A ausência de respostas alimentou teorias que hoje se entrelaçam à cultura pop — e fazem parte do fascínio por Stranger Things.
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