O documentário Concerto de Quintal estreia no próximo dia 16 de abril, quarta-feira, em sessão especial aberta ao público no Mercado Cultural de Porto Velho. Com uma estrutura pensada e preparada para garantir acessibilidade a todos os públicos, o evento terá espaço reservado para pessoas idosas, com mobilidade reduzida e outras necessidades específicas. A sessão está marcada para às 19h e, após a exibição, a equipe de produção participa de um debate com o público presente.
O longa-metragem conta com versão em audiodescrição para pessoas cegas e/ou com baixa visão, legendas em português e tradução em Libras (Língua Brasileira de Sinais), garantindo uma experiência inclusiva do início ao fim.
A consultora especialista em acessibilidade Neide Alexandre destaca que, para a estreia, foram avaliadas as condições arquitetônicas do espaço, como rampas de acesso, corrimãos e entrada adaptada para cadeirantes, além da preocupação com a comunicação acessível para pessoas surdas ou com transtorno do espectro autista.
Na noite de estreia, e também nas exibições que serão realizadas durante o mês em comunidades carentes de Porto Velho, será disponibilizado um profissional para fazer a audiodescrição sussurrada, que é uma técnica de acessibilidade usada principalmente em espaços culturais, voltada para pessoas cegas ou com baixa visão, onde narração é feita ao vivo e discreta, descrevendo os elementos visuais importantes da cena ou ambiente, explica Neide. “A assessoria de acessibilidade focou no todo: no antes, no durante e no depois [da produção do longa]. Essa acessibilidade vai acontecer de forma plena”, finaliza.
Juraci Júnior, diretor do longa, destaca o compromisso da Casa do Rio em fazer com que a arte chegue a todas as pessoas, tendo a acessibilidade no centro de todas as suas produções. “Mais do que cumprir protocolos, o que a gente busca é garantir que as histórias possam ser vividas por qualquer pessoa, independentemente de sua condição física, intelectual ou social”, finaliza.
“Concerto de Quintal” é um documentário de longa-metragem que apresenta as diversas musicalidades que compõem a identidade sonora de Porto Velho. A partir do acervo pessoal do músico e compositor Silvinho Santos, o filme propõe um mergulho nas referências, estilos, gêneros e estéticas dos tantos sons ouvidos por diferentes gerações da música produzida na cidade.
O artista cresceu em rodas de samba no quintal de sua casa e tantas outras pela cidade, onde seu pai, o também artista, músico e compositor Silvio Santos, realizava suas produções e onde recebia ícones da música regional, como Jorge Andrade, Torrado e Manelão. Esse acervo é composto por gravações inéditas, armazenadas em fitas k7, atualmente sob os cuidados e propriedade da família do artista, que realizou a digitalização de todo material e que traz as vozes de compositores importantes para a produção sonora local.
O longa-metragem é um projeto contemplado pelo Chamamento Público Nº 001/2023/FUNCULTURAL, Lei Complementar Nº 195/2022 Lei Paulo Gustavo, Artigo 6º – Inciso I – apoio a produções audiovisuais. Longa-metragem.
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FICHA TÉCNICA
Direção e roteiro: Juraci Júnior
Direção de Produção: Val Barbosa
Produção Executiva: Val Barbosa e Juraci Júnior
Direção Musical: Marcelo Pereira
Direção de fotografia: Avener Prado
Produção: Ricardo Almeida, Rafaela Correia e Jucy Campos
Assistente em Produção: Maria Alice Coelho Straatmann
Som Direto: Verônica Brasil
Montagem: Eduardo Resing
Color: Rafael Suarez
Motion: Rone Mota
Finalização: Igor Tchilian
Desenho de som: Verônica Brasil
Operação de câmera: Avener Prado, Leandro Marques, Iury Melo, Orlando Júnior e Juraci Júnior
Fotógrafo Still: Guilherme Nascimento
Design: Jorge Damschi
Comunicação: Vanessa Fernandes
Analista de Redes Sociais: Felipe Araújo
Assistência de roteiro: Vanessa Fernandes
Consultoria de roteiro: Tarcísio Lara Puiati
Consultora em Acessibilidade: Neide Alexandre
Equipe de Pesquisa: Silvinho Santos, Ivete Aquino Freire, Jussara Assmann, Bira Lourenço e Luiz Brito
Coordenação geral: Casa do Rio Filmes