Por Kreitlon Pereira
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O meio artístico de alto nível é extremamente competitivo. Para prosperar em tal ambiente, ter talento não é o único fator essencial para o artista. Atualmente, ter um bom agente de talentos é primordial para o sucesso de uma carreira, apesar de pouco se falar sobre esses profissionais. Para quebrar um pouco esse paradigma, o canal France 2 lançou a série “Dix Pour Cent”, uma comédia passada no escritório de uma agência de talentos. As três primeiras temporadas da produção já estão disponíveis na Netflix.
O enredo da série gira em torno de Andrea (Camille Cottin) e Arlette (Liliane Rovère), Gabriel (Grégory Montel) e Matias (Thibault de Montalembert), agentes da prestigiada ASK, uma das mais aclamadas agências de talentos da França. Entretanto, os quatro têm que enfrentar uma terrível situação: Samuel Kerr, fundador da empresa e sócio majoritário, veio a falecer durante um período de férias no Rio de Janeiro, e coube ao quarteto a incumbência de manter a empresa de pé. E isso inclui lidar com algumas das mais exigentes estrelas da filmografia francesa.
Além dos quatro, Camille Valentini (Fanny Sidney) fecha o quinteto principal. A jovem, filha ilegítima de Matias, tenta ganhar espaço no meio de agenciamento além de tentar se conectar com a figura paterna que tanto fora ausente. O passar dos episódios conta de forma vibrante a estressante relação de um agente com alguma estrela do cinema francês, além de marcar a evolução da carreira profissional de Camille.
“Dix Pour Cent” é uma série leve e divertida, com episódios de aproximadamente uma hora cada. O tempo é fora do comum para produções desse gênero (que geralmente é em torno de 20 minutos a meia hora), mas se justifica por cada episódio girar em torno de alguma estrela real francesa. Ao invés de inventar personagens, os próprios atores participam dos capítulos como convidados (dentre eles, o vencedor do Oscar Jean Dujardin). Se um elenco reconhecido na França, uma lenda do cinema francês aparecendo em cada episódio e um roteiro engraçado e dinâmico não fossem o bastante, a série ainda se passa quase que totalmente em Paris. E as sempre arrebatadoras imagens da Cidade Luz são um bônus muito bem-vindo em qualquer produção.
Link para o trailer de “Dix Pour Cent”
Nas horas difíceis
Nova série da Netflix retrata o luto e a amizade de forma sádica, mas cômica. Lidar com a perda de um ente querido nunca é fácil. É um processo que exige tempo e paciência. Com a morte de alguém, diversas reações emocionais são despertadas, como tristeza, ansiedade, culpa e raiva. Por isso, é importante que cada um processe o luto a sua maneira, mesmo que isso signifique reconhecer a necessidade de ajudas externas. Nesse sentido, com um enfoque mais centrado no surgimento de amizades durante momentos de dificuldade, que ajudam a superar a momentos tão delicados como esses, chega dia 3 de maio na Netflix a série “Dead to Me”, criada por Liz Feldman (“2 Broke Girls”).
Ao longo de dez episódios, o espectador acompanha a história de Jen (Christina Applegate), uma corretora de imóveis que é surpreendida pela morte súbita do marido, atropelado e largado a própria sorte por um motorista que decide seguir seu caminho ao invés de parar e prestar socorro. Após tentar métodos convencionais, como a terapia, e outros menos ortodoxos, como dirigir em alta velocidade ao som de heavy metal, Jen se vê incapaz de processar tudo que sente. Por isso, decide, como um último recurso, entrar em um grupo de apoio para viúvas.
No início, Jen se mostra relutante a participar do grupo, tudo muda quando conhece Judy (Linda Cardellini), uma mulher de personalidade livre e despreocupada, que recentemente perdera o noivo. Apesar de serem completos opostas, as duas estabelecem uma forte amizade através de longos telefonemas que duram toda a madrugada.
Ao perceber a solidão de Judy, Jen a convida para morar em sua casa de hóspedes. Porém, a ideia é recebida com protesto de seus dois filhos, pois a mãe não conhece o passado da amiga, que além de ser ligeiramente maluca, esconde um grande segredo.
Laços de família
O filme “O Outro Pai”, produção espanhola da Netflix, estreia na plataforma dia 3 de maio e conta a jornada de quatro irmãs em busca de seus pais biológicos
Fruto da quarta colaboração entre a Netflix e a empresa de produção televisiva espanhola Bambu Producciones, “O Outro Pai!” tem sua estreia na plataforma de streaming marcada para o dia 3 de maio e vai abordar as dinâmicas familiares entre quatro irmãs. O longa, de aproximadamente 1 hora e 18 minutos de duração, se passa na cidade de Madrid (capital e maior cidade da Espanha) e foi dirigido por Gabriela Tagliavini.
A história se inicia com a morte da matriarca da família. Porém, antes de falecer, Carmen (Marisa Peredes) prepare um vídeo para suas filhas no qual conta o seu maior segredo, que carrega desde que as crianças nasceram. Ao serem forçadas a se reunir por causa do enterro da mãe, as quatro irmãs – Sara (Banca Suárez), Sofía (Amaia Salamanca), Lúcia (Macarena García) e Claudia (Belén Cuesta) – assistem ao vídeo e descobre, que o homem que tinham como figura paterna até então não é o pai biológico delas, tendo cada uma um pai diferente. Atendendo ao último pedido de sua mãe, as quatro entram juntas em uma jornada para descobrir a identidade desses homens.
O filme vai abordar, de forma cômica, o relacionamento dessas quatro irmãs ao longo da viagem. As quatro não poderiam ser mais diferentes. Sara é uma mulher extremamente trabalhadora que mora em Nova York, diferentemente de Sofia possui um lado mais artístico e divertido. A mais nova das quatro (Lúcia) é a filha rebelde, espécie de “ovelha negra” da família. Por fim tem-se Claudia, presa em um casamento infeliz, vive em um mundo de aparências e é a que mais carrega o peso do nome da família em suas costas. “O Outro Pai”, além de ser um filme de comédia sobre a missão dessas quatro irmãs em busca das suas próprias identidades, é também uma história de amor e fraternidade.
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