O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou nesta terça-feira (7 de outubro de 2025), em Brasília, a oferta de cinco mil novas vagas para o próximo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Essas vagas serão distribuídas em cursos de universidades e institutos federais, focados nas áreas de STEM (sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática). A iniciativa visa alinhar o Brasil com as demandas do mercado global e da inovação.
Foco em Tecnologia e Inovação
A declaração ocorreu durante a abertura da primeira edição do Festival Internacional sobre Tecnologia e Sustentabilidade na Indústria – Curicaca. Camilo Santana destacou que o mundo discute o novo mercado de trabalho, as novas tecnologias e a inteligência artificial.
Por isso, as universidades estão criando novos cursos em áreas como biotecnologia, engenharia, robótica e inteligência artificial, que serão incluídos no novo Enem.
O ministro também anunciou o lançamento de um edital. O objetivo é fortalecer e acelerar os núcleos de inovação tecnológica nas universidades. Para isso, serão destinados recursos públicos para capacitação e para conectar a ciência, as empresas e a sociedade.
Educação Profissional e Dívidas Estaduais
O evento também marcou a 5ª Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica. Camilo Santana celebrou a regulamentação da nova Política Nacional de Educação Profissional e Tecnológica (PNEPT).
Ele também mencionou a aprovação do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). Este programa permitirá que os estados troquem suas dívidas com a União pela abertura de novas matrículas no ensino técnico. A meta é criar três milhões de novas matrículas de ensino técnico profissionalizante. Isso visa elevar o país ao nível de nações desenvolvidas.
Investimentos e Pesquisa Pública
Sem detalhar os valores, o ministro também citou investimentos para expandir e consolidar os institutos federais. O plano inclui a construção de 104 novos institutos e 270 novos restaurantes estudantis.
Além disso, será criado um grupo de trabalho para revisar a relação das universidades com suas fundações de apoio. Essas fundações dão suporte a projetos de ensino, pesquisa e extensão, e precisam se adaptar à modernidade. Camilo Santana finalizou sua fala ressaltando que 90% das pesquisas no Brasil são realizadas por instituições públicas, principalmente universidades e institutos federais.