Fundada em 2013, a Escola Municipal Bilíngue Porto Velho nasceu com a missão de oferecer educação inclusiva e de qualidade, respeitando a identidade linguística e cultural da comunidade surda. Atualmente, a instituição atende 160 alunos, da pré-escola ao 5º ano, com metodologia diferenciada baseada na Língua Brasileira de Sinais (Libras) e no português escrito.
De acordo com a diretora Sirleia Araújo, a escola adota a Libras como primeira língua (L1) e o português escrito como segunda (L2). “Nem todos os nossos alunos são surdos. Mesmo assim, todos aprendem Libras. As famílias apoiam e valorizam nosso trabalho, e isso nos motiva a transformar vidas”, afirmou.
O professor José Roberto, que leciona na escola há três anos, ressaltou a importância da inclusão. “Aqui fazemos um ensino bimodal, falando e sinalizando ao mesmo tempo, para que surdos e ouvintes tenham acesso às mesmas informações. Ver a evolução das crianças é gratificante”, disse.
A cuidadora Edneide Carvalho, mãe da estudante Emanuela Clarice, de 10 anos, relatou sua experiência. “Minha filha não é surda, mas aprende Libras desde pequena. Quando ela fez os primeiros sinais, fiquei emocionada. Hoje ela sonha em ser professora de Libras”, contou.
Além do trabalho educacional, a Prefeitura de Porto Velho vem fortalecendo políticas públicas de inclusão, como transporte adaptado para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), ampliação de vagas de estacionamento para PcD, TEA e idosos, além da entrega de impressora especial para aluno com deficiência visual.
Mostra de Cultura Surda
No próximo sábado (27), a Escola Bilíngue Porto Velho promove a Mostra de Arte e Cultura Surda: Diversidade em Cena. O evento acontece no Teatro Banzeiros, a partir das 8h, com entrada gratuita. A programação reúne teatro, bilinguismo e acessibilidade cultural, valorizando a cultura surda e o talento das crianças.