O Prêmio Escolas Sustentáveis reconheceu projetos inovadores que ultrapassam os limites da sala de aula para impactar diretamente suas comunidades. As iniciativas, lideradas por alunos e professores, destacam o papel das escolas como centros de transformação socioambiental. Entre os vencedores da 3ª edição da premiação, estão a Creche Municipal Magdalena Arce Daou, em Manaus (AM), e a Escola Estadual Brasil, em Limeira (SP). As instituições campeãs seguirão para a etapa internacional do prêmio, que será realizada no Rio de Janeiro, em 21 de outubro.
A professora Maria Raquel Santos, de Manaus, vencedora na categoria de educação infantil, criou o projeto IncluARTE – SustentART. A iniciativa nasceu para apoiar mães de crianças com deficiência, usando a arte e a sustentabilidade como ferramentas. A comunidade escolar se mobilizou para construir um jardim sensorial na creche e recuperar uma área próxima devastada por um incêndio, transformando lixo em obras de arte. “A unidade escolar tem que ser ‘desemparedada’”, defende a professora.
Inovação contra desastres naturais
Na categoria do ensino fundamental, o projeto AquaTerraAlert da Escola Estadual Brasil, de Limeira (SP), foi premiado por sua solução para mitigar os impactos de enchentes e deslizamentos. A professora Nayra Rafaela Vida e seus alunos do 6º ano criaram um protótipo de sistema de monitoramento e alerta que utiliza sensores e LEDs. O equipamento enviava mensagens de celular para alertar as pessoas em áreas de risco quando o nível da água subia, incentivando a saída preventiva do local.
Os alunos analisaram dados, pesquisaram notícias e integraram diversas disciplinas, como tecnologia, geografia e comunicação, para desenvolver a solução. A Defesa Civil local se interessou pela proposta de expandir o sistema para outros pontos de alagamento. O diretor executivo da Fundação Santillana, Luciano Monteiro, responsável pela premiação junto com a Santillana e a Organização de Estados Ibero-americanos (OIE), destacou que essas iniciativas são exemplos de como a educação pode ser um agente de transformação social, levando a discussão da sustentabilidade para dentro do ambiente escolar.