A primeira edição da Prova Nacional Docente (PND) já conta com mais de 1,1 milhão de inscritos, conforme anunciado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, nesta quarta-feira (13). A prova, que busca garantir a qualidade na seleção de professores para a educação básica, será aplicada em 26 de outubro pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
As secretarias de educação estaduais e municipais poderão usar a nota da PND a partir de 2026, como critério em concursos públicos ou processos seletivos para a contratação de docentes. A iniciativa já conta com a adesão de 22 redes estaduais e mais de 1.500 municípios.
Um “CNU dos Professores” para a educação
A PND, apelidada de “CNU dos Professores”, baseia-se na avaliação teórica do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) das Licenciaturas. Segundo o ministro, a prova é essencial para garantir que profissionais qualificados sejam selecionados para atuar em sala de aula.
O exame é um dos pilares do Programa Mais Professores para o Brasil, lançado em janeiro, que visa reconhecer o papel central dos docentes na educação pública. Camilo Santana enfatizou a importância de atrair bons profissionais para a carreira, citando que um estudo da FGV aponta os professores como responsáveis por 60% da aprendizagem dos alunos.
Valorização e reconhecimento profissional
Além da Prova Nacional Docente, o ministro destacou a criação da Carteira Nacional de Docente no Brasil (CNDB), que aguarda aprovação da Câmara dos Deputados. O documento busca dar identidade e reconhecimento aos professores, assim como já ocorre com outras profissões.
Outra medida citada foi o programa Pé-de-Meia Licenciaturas, que oferece bolsas a estudantes com bom desempenho no Enem que ingressam em cursos presenciais de formação de professores. A iniciativa, de acordo com Santana, tem o objetivo de estimular que bons alunos com vocação se tornem professores, valorizando a carreira e a autoestima da categoria.