Autor – Redação
Na segunda-feira (05) o Instituto Federal de Rondônia (IFRO) informou que devido novo bloqueio orçamentário feito pelo Governo Federal, a instituição não irá conseguir pagar auxílio estudantil, serviços de limpeza, serviços básicos realizados por empresas terceirizadas e manutenção nas unidades.
Foto: Ifro/Reprodução
De acordo com o IFRO, o instituto perdeu R$ 1.293.568 em seu crédito orçamentário e ainda foi afetado pela ausência do repasse financeiro esperado de R$ 6.739.670,53 para o pagamento de despesas e ações já empenhadas e liquidadas. Diante disso, o pagamento de bolsas de projetos de ensino, pesquisa e extensão, enfrentará atrasos e irá gerar prejuízo a milhares de estudantes.
A verba bloqueada era utilizada para programas de assistência estudantil, como auxílio permanência, transporte e alimentação também se encontram afetados. Os pagamentos ficarão pendentes até a normalização dos repasses, assim como o instituto não poderá dar continuidade às demandas previstas que necessitem de recursos para serem executadas.
A Universidade Federal de Rondônia (UNIR) também informou recentemente que não irá conseguir pagar despesas básicas, devido, bloqueio orçamentário do Governo Federal.
Veja os principais pontos dos bloqueios na última semana:
Em 28 de novembro, associações de instituições federais denunciaram que o MEC havia bloqueado R$ 366 milhões (R$ 244 milhões das universidades e R$ 122 milhões dos institutos) do orçamento de dezembro, "no apagar das luzes" de 2022. A pasta não entrou em detalhes, mas disse que havia sido notificada e que "procurava soluções".
Três dias depois, após intensa repercussão negativa, por volta das 11h, o Conif (que representa os institutos federais) e a Andifes (associação das universidades federais) afirmaram que a verba havia sido desbloqueada.
No mesmo dia do desbloqueio, à noite, o dinheiro voltou a "sumir". O Conif divulgou um documento, assinado pelo setor financeiro da pasta às 19h37, que mostra que a gestão Bolsonaro "zerou o limite de pagamentos das despesas discricionárias do MEC previsto para o mês de dezembro".
Dessa vez, nos institutos federais, o bloqueio foi ainda maior, diz o Conif: de R$ 208 milhões. Nas universidades, manteve-se em R$ 244 milhões.