Com 80% da população em idade ativa, o Nordeste do Brasil pode desempenhar papel central no progresso econômico do país, segundo o relatório Rotas para o Nordeste: Produtividade, Empregos e Inclusão, divulgado pelo Banco Mundial no início de dezembro de 2025.
O documento aponta que a região tem potencial para ampliar a geração de empregos e reduzir desigualdades em relação a áreas mais ricas, especialmente se houver foco em indústrias em crescimento, como manufatura e serviços, e investimentos em infraestrutura por meio de parcerias público-privadas.
O relatório destaca avanços recentes em capital humano, com aumento da escolaridade entre os jovens. Entre 2012 e 2023, a parcela de trabalhadores com diploma universitário passou de 9,1% para 17%. Apesar disso, a região ainda enfrenta desafios na criação de empregos de qualidade, com desemprego médio de 12% e informalidade de 52% entre 2012 e 2022, percentuais superiores aos de outras regiões do país.
O Nordeste também se destaca na transição energética, produzindo 91% da energia eólica e 42% da energia solar do Brasil. O Banco Mundial aponta que esses recursos podem impulsionar um crescimento industrial mais rápido e sustentável, com oportunidades em setores emergentes, como hidrogênio verde.
“O capital humano e a abundância de recursos naturais, se efetivamente alavancados por meio de crescimento e geração de empregos de alta qualidade, podem transformar o Nordeste num motor dinâmico para o desenvolvimento do Brasil”, afirma o relatório.
Entre as recomendações do documento estão: aprimorar sistemas de intermediação de mão de obra, apoiar mulheres e grupos marginalizados, estimular empreendedorismo, simplificar processos para abertura de empresas e modernizar infraestrutura em rodovias, ferrovias e redes digitais, além de água e saneamento. A participação do setor privado, por meio de parcerias bem planejadas, também é apontada como essencial para o sucesso dos projetos.










































