O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), amplamente conhecido como a inflação do aluguel, registrou uma taxa acumulada negativa de -0,11% no período de 12 meses (dezembro de 2024 a novembro de 2025). Esta é a primeira deflação anual do indicador desde maio de 2024, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (27) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O comportamento do IGP-M é acompanhado de perto por inquilinos, pois ele é frequentemente utilizado como base para o cálculo dos reajustes anuais dos contratos de aluguel.
Componentes do Índice
O economista Matheus Dias, do Ibre, explica que a deflação acumulada é majoritariamente impulsionada pelos preços no atacado, que recuaram 2,06%.
O IGP-M é composto por três índices com pesos diferentes:
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA): Mede a inflação sentida pelos produtores e tem o maior peso, respondendo por 60% do IGP-M. O recuo expressivo de preços, tanto de produtos industriais quanto agropecuários, prevaleceu em grande parte de 2025.
Índice de Preços ao Consumidor (IPC): Responde por 30% do indicador (avançou 3,95%).
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC): Componente que completam o cálculo (avançou 6,41%).
Resultado Mensal e o Efeito no Aluguel
Em novembro, o IGP-M registrou uma alta de 0,27%, revertendo o resultado de queda de outubro (-0,36%). Mesmo com o avanço no mês, a taxa acumulada de um ano mudou de positiva (0,92% em outubro) para deflação, pois o cálculo anual excluiu a alta de 1,30% registrada em novembro de 2024.
Atenção aos Contratos: Apesar da deflação, o IGP-M negativo não garante que todos os aluguéis serão reajustados para baixo. Muitos contratos preveem reajuste apenas se a variação do índice for positiva. O indexador também é usado para reajustar algumas tarifas públicas e serviços essenciais.











































