A internalização de adubos e fertilizantes pelos portos do Arco Norte cresceu 98% nos últimos quatro anos, segundo dados do Boletim Logístico da Conab de novembro de 2025. Entre janeiro e outubro, o volume registrado saltou de 3,54 milhões de toneladas em 2021 para 7,01 milhões de toneladas em 2025.
O superintendente de Logística Operacional da Conab, Thomé Guth, explica que o aumento é influenciado pela maior participação dos portos do Arco Norte no escoamento de milho e soja, utilizando o modelo de frete de retorno, que reduz custos logísticos.
Apesar do crescimento, o principal ponto de entrada de adubos continua sendo Paranaguá (PR), responsável por 9,45 milhões de toneladas, cerca de 25% do total importado. Em 2021, o Arco Norte ocupava a terceira posição, e atualmente é a segunda maior porta de entrada para esses produtos.
Exportações de soja e milho
Os portos do Norte também se destacam na exportação de grãos. Entre janeiro e outubro de 2025, os portos da região exportaram 37,38 milhões de toneladas de soja, equivalentes a 37,2% do total nacional. O porto de Itaqui (MA) liderou com 14,7 milhões de toneladas, seguido de Barcarena (PA) com 9,17 milhões.
No caso do milho, o Arco Norte foi responsável por 41,3% das exportações do país no período. Barcarena liderou o embarque com 4,68 milhões de toneladas, seguido por Itaqui com 2,26 milhões, enquanto Santos movimentou 33,3% e Paranaguá 11,6%.
Mercado de fretes
O Boletim Logístico também registrou redução nos preços de fretes em outubro em comparação a setembro, devido à finalização da safra 2024/25. Contudo, os valores ainda se mantêm acima do mesmo período do ano anterior, sustentados pela demanda crescente de milho para alimentação animal e biocombustíveis, ampliando movimentações logísticas e valorizando a commodity.
O Boletim Logístico da Conab é uma publicação mensal que traz dados sobre logística agrícola, exportações de soja, milho e farelo de soja, importação de fertilizantes, principais rotas de escoamento e desempenho dos portos nas regiões produtoras. A edição completa já está disponível no site da Companhia Nacional de Abastecimento.











































