A Dívida Pública Federal (DPF) atingiu R$ 8,253 trilhões em outubro de 2025, um aumento de 1,62% em relação a setembro, quando o valor era de R$ 8,122 trilhões. Os números foram divulgados pelo Tesouro Nacional em Brasília nesta quinta-feira (27). O indicador superou pela primeira vez a marca de R$ 8 trilhões em agosto.
O Tesouro Nacional prevê que o estoque da Dívida Pública Federal deve encerrar 2025 entre R$ 8,5 trilhões e R$ 8,8 trilhões, conforme o Plano Anual de Financiamento (PAF) revisado.
Emissão de Títulos e Efeito Selic
O principal fator para a alta foi a emissão de títulos, sobretudo aqueles vinculados à Taxa Selic (juros básicos da economia), que está em 15% ao ano.
Dívida Interna (DPMFi): Cresceu 0,31%, chegando a R$ 7,948 trilhões. O Tesouro emitiu R$ 41,38 bilhões a mais em títulos do que resgatou.
Apropriação de Juros: A apropriação de R$ 85,23 bilhões em juros pressionou o endividamento. Com a Selic alta, o reconhecimento mensal da correção dos títulos aumenta o estoque da dívida pública.
A preferência por títulos corrigidos pela Taxa Selic fez a participação desses papéis subir de 47,47% para 48,19% na composição da DPF.
Dívida Externa e Colchão
A Dívida Pública Federal externa (DPFe) também subiu 1,17%, alcançando R$ 305,06 bilhões, principalmente devido à alta de 1,24% do dólar no mês passado, em meio a tensões globais.
O colchão da dívida pública, a reserva financeira usada para cobrir vencimentos, voltou a subir. Passou de R$ 1,032 trilhão para R$ 1,048 trilhão em outubro, cobrindo 8,81 meses de vencimentos previstos.
Composição da Dívida e Prazo
Com o interesse dos investidores pela rentabilidade da Selic, a composição da Dívida Pública Federal foi alterada:
Títulos vinculados à Selic: Subiram para 48,19%.
Títulos prefixados: Caíram para 21,44%, indicando que em momentos de instabilidade os investidores tendem a buscar papéis menos arriscados, pois o mercado exige juros muito altos para os prefixados.
O prazo médio da DPF oscilou ligeiramente para 4,14 anos, refletindo o tempo médio que o governo leva para refinanciar a dívida pública.











































