A atividade econômica brasileira apresentou retração em setembro deste ano, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central (BC). O indicador diminuiu 0,2% em relação ao mês anterior, após o ajuste sazonal dos dados.
A desaceleração se intensificou no terceiro trimestre, de julho a setembro, quando a redução da atividade atingiu 0,9%.
Apesar da queda mensal, o IBC-Br se mantém positivo em análises de longo prazo:
Acumulado em 12 meses: Alta de 13,5%.
Acumulado no ano: Crescimento de 14,2%.
IBC-Br e a Taxa Selic
O IBC-Br é utilizado pelo BC como uma forma de avaliar a evolução da economia, incorporando dados dos setores de indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos. O índice auxilia o Comitê de Política Monetária (Copom) a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.
A Selic, atualmente fixada em 15% ao ano, é o principal instrumento para controle da inflação. A manutenção da Selic no patamar atual pela terceira vez consecutiva reflete, por um lado, o recuo da inflação e, por outro, a desaceleração da atividade econômica. O BC destacou que, apesar da desaceleração, a inflação ainda está acima da meta, indicando que os juros devem permanecer altos por um período.
Cenário de Inflação
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial, fechou outubro em 0,09%, o menor para o mês desde 1998, impulsionado pela redução na conta de luz. Com esse resultado, a inflação acumulada em 12 meses ficou em 4,68%, a primeira vez abaixo de 5% em oito meses, mas ainda acima do teto da meta (4,5%).
O BC reforçou que o ambiente externo permanece incerto, principalmente devido à política econômica dos Estados Unidos, o que afeta as condições financeiras globais.







































