O Pix, hoje o meio de pagamento mais usado no Brasil, completa cinco anos neste domingo (16) e se aproxima de atingir a marca de R$ 30 trilhões movimentados por ano. Apenas em 2024, o sistema registrou R$ 26,4 trilhões em transações — quase o dobro do PIB brasileiro daquele ano.
Em 2025, o ritmo segue acelerado: até outubro, já foram R$ 28 trilhões em operações instantâneas, consolidando o Pix como o grande protagonista do sistema financeiro nacional.
Para o Banco Central, o impacto não está apenas nos números. O diretor de Organização do Sistema Financeiro, Renato Gomes, avalia que o Pix ampliou o acesso ao sistema bancário e reduziu os custos de circulação de dinheiro.
Segundo ele, o Pix democratizou os pagamentos, aumentou a concorrência e pressionou instituições a reduzir tarifas. Além das transferências entre pessoas, o sistema ganhou funções como Pix Cobrança, que substitui boletos, e o Pix Automático, equivalente ao débito automático.
Hoje, 170 milhões de adultos e mais de 20 milhões de empresas utilizam a tecnologia nacional.
O projeto começou a ser desenhado oficialmente em 2016. Em 2018, foram publicados os requisitos da ferramenta; e em 2019, o BC assumiu a gestão completa do sistema de pagamentos instantâneos. O nome Pix surgiu em fevereiro de 2020. A fase de testes começou em 3 de novembro daquele ano e, em 16 de novembro, o sistema foi liberado para toda a população.
O sucesso da solução brasileira também gerou tensões internacionais. Em meio às pressões do governo dos Estados Unidos durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Pix virou alvo de investigação comercial do governo Trump, que alegou possível prejuízo a empresas americanas. O Brasil respondeu afirmando que o sistema não discrimina companhias estrangeiras e prioriza a segurança financeira.
Cinco anos após sua criação, o Pix segue mostrando força, competitividade e capacidade de transformar o acesso aos serviços financeiros no país.









































