O Brasil estima colher 354,8 milhões de toneladas de grãos na safra 2025/2026, segundo o 2º Levantamento divulgado nesta quinta-feira (13 de novembro) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A previsão para a área total utilizada no ciclo é de 84,4 milhões de hectares, representando um crescimento de 3,3% na comparação com a safra anterior.
A produtividade média nacional deve ficar em 4,2 mil quilos por hectare. No entanto, a Conab alerta que as projeções podem variar devido às condições climáticas, citando “eventos adversos” no Sul, irregularidades pluviométricas no Mato Grosso e atraso de chuvas em Goiás.
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Soja
A Conab projeta um aumento de 3,6% na área a ser semeada, alcançando 49,1 milhões de hectares. A produção total estimada é de 177,6 milhões de toneladas. O plantio da oleaginosa está atrasado em relação à safra anterior, especialmente em Goiás e Minas Gerais, onde não foram registrados índices de chuvas satisfatórios.
No Mato Grosso, o plantio está em ritmo semelhante ao último ciclo, mas a instabilidade climática de outubro resultou em déficit hídrico em algumas áreas, o que pode comprometer a população de plantas.
Milho
A produção total estimada para as três safras de milho é de 138,8 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 1,6% na comparação com o ciclo anterior. Já a área cultivada na primeira safra deve crescer 7,1%. A Conab registrou impactos negativos em lavouras do Paraná devido a precipitações, ventos e granizos no início de novembro.
Arroz e Feijão
A colheita de arroz está projetada em 11,3 milhões de toneladas, uma queda de 11,5% em relação à safra anterior, decorrente da diminuição da área de cultivo. No Rio Grande do Sul, principal estado produtor, a semeadura está em 78%, mas enfrentou atrasos devido ao excesso de chuvas.
Para as três safras de feijão, a colheita estimada é de 3,1 milhões de toneladas, volume semelhante ao ciclo anterior. A primeira safra, contudo, apresenta queda de 7,3% na área plantada.
Culturas de Inverno
A safra de culturas de inverno, já em fase de colheita, tem o trigo como principal produto. O levantamento indica 7,7 milhões de toneladas a serem colhidas.
A Conab alerta que a redução nos investimentos em insumos, como fertilizantes e defensivos, limitou o pleno aproveitamento do potencial produtivo, tornando as lavouras mais suscetíveis a doenças, o que resultou em espigas menores.







































