O Brasil encerrou o segundo trimestre de 2025 com 24,2 milhões de empresas ativas, segundo o Mapa Empresarial divulgado pelo Ministério do Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. Deste total, 93,8% são micro ou pequenas empresas, evidenciando a relevância desses negócios na estrutura econômica nacional.
Entre maio e agosto, foram abertas 1,67 milhão de novas empresas, com saldo líquido de 726.704 novos negócios, considerando 942.049 fechamentos. O tempo médio para abrir uma empresa permaneceu em 21 horas, sendo que Piauí e Sergipe lideram a eficiência com sete horas de média, enquanto São Paulo registrou o maior número de novas empresas, com 494.603.
Perfil e distribuição das empresas
O Sudeste continua sendo a região mais dinâmica, mas Nordeste e Norte ganham participação, mostrando descentralização do empreendedorismo. O setor terciário domina a estrutura empresarial, com 82,2% das empresas nos segmentos de serviços (53,6%) e comércio (28,6%), incluindo comércio varejista, serviços de beleza e promoção de vendas.
O Microempreendedor Individual (MEI) segue como eixo da formalização, representando 75,3% das novas empresas do quadrimestre, com 1.257.036 registros. No total, o número de MEIs ativos atingiu 12,66 milhões, ou 52,3% das empresas do país.
Outro destaque são as cooperativas, que cresceram 25,8%, com 775 novas unidades, reforçando a presença da economia colaborativa.
Impactos econômicos e sociais
As micro e pequenas empresas respondem por 97% dos negócios ativos, geram sete de cada dez novos empregos formais e contribuem com 26,5% do PIB. O empreendedorismo no Brasil também cresce culturalmente: 33,4% da população adulta possui ou planeja criar um negócio, segundo o Monitor Global de Empreendedorismo (GEM 2024).
Os novos empresários são, em sua maioria, jovens entre 18 e 30 anos, motivados por oportunidades e independência, com apenas 9% empreendendo por necessidade econômica. Muitos participam de incubadoras, programas de inovação e redes de investidores, formando uma geração mais preparada e digitalmente capacitada.
Desafios e apoio
Os principais desafios enfrentados pelos empresários são carga tributária (48%), burocracia (30%), informalidade (22%), complexidade legislativa (20%) e dificuldade de acesso ao crédito (20%).
Instituições como o Sebrae oferecem capacitação, assessoria e digitalização para fortalecer a gestão e competitividade das micro e pequenas empresas. Produtos financeiros simplificados também têm auxiliado novos empreendedores a iniciar ou expandir seus negócios.
Tendências de inovação
O Sebrae São Paulo, com base no Web Summit Rio 2025, destacou quatro tendências de inovação para pequenas empresas:
- CX financeira – Simplificação da relação com clientes em pagamentos e pós-venda.
- Growth Hacking – Crescimento criativo baseado em dados, testes e recomendações.
- IA e UX – Automação de tarefas mantendo empatia e experiência do usuário.
- Tecnologia para o bem-estar – Humanização do negócio e fortalecimento da cultura empresarial.
Essas tendências reforçam a capacidade de adaptação e crescimento das micro e pequenas empresas, sustentando o desenvolvimento econômico e social do país.









































