A prévia da inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), mostrou que o preço de alimentos e bebidas teve queda de 0,02% em outubro. Este é o quinto mês seguido de deflação (inflação negativa) no setor. De junho a outubro, a inflação acumulada para alimentos e bebidas foi de -0,98%.
Os dados, divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que a deflação do grupo contribuiu para a desaceleração do IPCA-15 geral, que ficou em 0,18% em outubro, após registrar 0,48% em setembro.
Menor acumulado em um ano
Após nove meses consecutivos de alta, influenciados por questões climáticas, os alimentos e bebidas iniciaram uma sequência de cinco recuos a partir de junho.
Com essa sequência de quedas, o acumulado de 12 meses da inflação de alimentos atingiu 6,26% em outubro. Embora ainda esteja acima da inflação geral (4,94%) apurada pelo IPCA-15 no período, este é o patamar mais baixo desde setembro de 2024, quando marcava 5,22%.
O IPCA-15 mede a variação de custo de 377 produtos e serviços. Alimentos e bebidas representam 21,63% do índice, sendo a parcela mais significativa na cesta de compras do brasileiro.
Itens em queda no mês
Em outubro, alguns itens que mais contribuíram para a queda nos preços foram:
Cebola: -7,65%
Ovo de galinha: -3,01%
Arroz: -1,37%
Leite longa vida: -1%
O economista-chefe da Associação Paulista de Supermercados, Felipe Queiroz, avalia que o resultado é positivo e anima a expectativa de convergência da inflação rumo ao centro da meta do governo.
“O resultado de outubro é bastante animador por conta da queda de produtos essenciais como o arroz, o leite, os ovos e a cebola”, destaca Queiroz. A expectativa é que a tendência de desaceleração se mantenha nos próximos meses, impulsionada por uma safra recorde de grãos.









































