As vendas no comércio varejista registraram crescimento de 0,2% na passagem de julho para agosto de 2025, interrompendo uma sequência de quatro meses consecutivos de queda. Apesar da alta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) considera o resultado como estabilidade, por ser inferior a 0,5%.
O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, destacou que o principal ponto é que o setor “parou de cair”, mas o resultado ainda não representa uma “virada de chave”. No acumulado de 12 meses, o comércio soma um crescimento de 2,2%, embora esse dado mostre uma tendência de desaceleração desde dezembro de 2024.
Destaques por setor e fatores de influência
Cinco dos oito segmentos pesquisados pelo IBGE apresentaram alta em agosto. O destaque de maior crescimento foi o setor de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, que subiu 4,9%.
Cristiano Santos explicou que a alta no setor de informática foi impulsionada pela desvalorização do dólar, o que torna os produtos com componentes importados mais baratos no país. Além disso, as vendas de calçados tiveram efeito positivo do Dia dos Pais, e a inflação negativa de agosto (-0,11%) também ajudou no desempenho geral. O aumento no volume de empréstimos para pessoas físicas também favoreceu o consumo.
Comércio ampliado
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, material de construção e atacado de alimentos, as vendas cresceram 0,9% de julho para agosto. Este segmento acumula alta de 0,7% em 12 meses.
A pesquisa do IBGE é divulgada após o instituto registrar altas em outros setores da economia: os serviços cresceram 0,1% e a indústria cresceu 0,8% em agosto, interrompendo o período de quatro meses sem crescimento.