Brasília, 13 de outubro de 2025 — O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central, trouxe uma leve redução na projeção da inflação oficial do país para 2025, agora estimada em 4,72%, ante 4,80% registrados na semana anterior.
As demais expectativas do mercado financeiro se mantiveram estáveis:
- PIB: crescimento projetado em 2,16% para 2025;
- Selic: taxa básica de juros mantida em 15% ao ano;
- Dólar: cotação estimada em R$ 5,43 ao final do ano.
Apesar da queda nas projeções, a estimativa de inflação permanece acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (entre 1,5% e 4,5%).
Segundo o IBGE, em setembro, os preços subiram 0,48%, principalmente devido à alta na energia elétrica. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA atingiu 5,17%, mesmo com a deflação de -0,14% registrada em agosto. Os preços dos alimentos caíram pelo quarto mês consecutivo, recuando 0,35% em setembro.
O Copom mantém a Selic elevada para controlar a inflação e estimular a estabilidade econômica. Quando a taxa de juros sobe, o crédito encarece e a demanda diminui, ajudando a conter a alta de preços. Para os próximos anos, a Selic deve recuar para 12,25% em 2026 e 10,50% em 2027.
O mercado também projeta crescimento do PIB em 1,80% para 2026 e 1,83% para 2027, enquanto o dólar deve fechar 2026 a R$ 5,51 e 2027 em R$ 5,51, mantendo expectativas de leve valorização da moeda nacional.
O boletim mostra que, apesar da queda na projeção de inflação, o cenário econômico brasileiro segue marcado por incertezas externas e moderação no crescimento interno, exigindo acompanhamento constante das políticas monetárias e fiscais.