O dólar comercial encerrou a segunda-feira (6) negociado a R$ 5,311, registrando uma queda de 0,47%. A desvalorização da moeda americana, de R$ 0,025, ocorreu em um dia marcado por maior apetite dos investidores por moedas de países emergentes.
O recuo da cotação foi influenciado, em parte, pela chamada telefônica realizada entre o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na mínima do dia, por volta das 16h20, a moeda chegou a R$ 5,30.
Com o resultado, o dólar acumula queda de 14,08% no ano de 2025. O euro comercial também fechou em baixa de 0,75%, vendido a R$ 6,21, atingindo o menor valor desde 3 de abril, quando os EUA começaram a anunciar retaliações comerciais.
Bolsa de Valores Recua em Dia de Lucros
Apesar da euforia no mercado de câmbio, o mercado de ações registrou baixa. O principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), o Ibovespa, fechou aos 143.608 pontos, com recuo de 0,41%.
A queda do Ibovespa é atribuída principalmente à realização de lucros. Investidores venderam papéis para embolsar os ganhos acumulados, visto que o indicador havia superado os 146 mil pontos na última semana de setembro.
Fatores Favoráveis a Moedas Emergentes
Além da conversa entre os líderes políticos, outros fatores contribuíram para a desvalorização do dólar e favoreceram as economias em desenvolvimento, como o Brasil.
A desvalorização do iene, moeda japonesa, beneficiou as divisas de países emergentes. Adicionalmente, a alta do preço do petróleo no mercado global impulsionou as nações exportadoras de commodities (bens primários com cotação internacional), como é o caso do Brasil.