O navio-plataforma P-78, pertencente à Petrobras, chegou nesta terça-feira, 30 de setembro de 2025, ao Campo de Búzios, localizado no pré-sal da Bacia de Campos. A estrutura está a 180 quilômetros da costa do Rio de Janeiro e havia partido de Singapura em 13 de julho.
A nova plataforma é do modelo FPSO (Floating Production Storage and Offloading, em português, Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência). Ela possui uma alta capacidade de produção de 180 mil barris de óleo e pode comprimir 7,2 milhões de metros cúbicos (m³) de gás diariamente.
Aumento de produção no Campo de Búzios
A P-78 será a sétima plataforma a operar no Campo de Búzios. Segundo Sylvia Anjos, diretora de Exploração e Produção da Petrobras, o campo já “superou a produção diária de 900 mil barris de petróleo”.
Dessa forma, a adição do novo FPSO tem potencial para aumentar a produção diária de Búzios em até 20%. Além da P-78, o campo já conta com as plataformas P-74, P-75, P-76, P-77, Almirante Barroso e Almirante Tamandaré.
Para antecipar o início da operação em cerca de duas semanas, a Petrobras transportou a P-78 da Ásia com a tripulação brasileira já embarcada, o que agilizou os procedimentos e o treinamento da equipe. A última vez que a estatal adotou essa prática foi em 1999.
Pré-sal: A soberania energética do Brasil
Os próximos passos antes da produção são a ancoragem e a interligação da plataforma com os poços, um processo que deve levar aproximadamente dois meses. O casco da P-78 foi construído em estaleiros na China e na Coreia do Sul, com montagem final em Singapura.
O pré-sal, descoberto em 2006, é crucial para a soberania energética do Brasil, sendo responsável por cerca de 80% do total de petróleo e gás produzido no país, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Além da alta produtividade, os poços armazenam um óleo leve de excelente qualidade e alto valor comercial.