A Dívida Pública Federal (DPF) alcançou R$ 8,14 trilhões em agosto, um aumento de 2,59% em comparação com o valor de R$ 7,939 trilhões registrado em julho. A informação foi divulgada pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira, 30 de setembro de 2025, em São Luís.
Apesar da alta, o valor ainda está dentro da faixa prevista inicialmente no Plano Anual de Financiamento (PAF), que era de R$ 8,1 trilhões a R$ 8,5 trilhões.
Emissões líquidas e Tesouro Direto
Em agosto, as emissões da DPF totalizaram R$ 175,69 bilhões, superando os resgates de R$ 39,05 bilhões. Isso resultou em uma emissão líquida de R$ 136,64 bilhões. Desse montante, a maior parte (R$ 136,94 bilhões) refere-se à Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi).
Houve forte demanda por títulos com remuneração prefixada (R$ 89,23 bilhões) e por títulos atrelados à taxa flutuante (R$ 59,46 bilhões).
No Tesouro Direto, as emissões atingiram R$ 6,38 bilhões, resultando em uma emissão líquida de R$ 2,93 bilhões no mês. O título mais procurado por investidores foi o Tesouro Selic, que representou 53,13% do montante vendido, e corresponde a 36,50% do estoque total do programa, que alcançou R$ 190,2 bilhões.
Tesouro atualiza o Plano Anual de Financiamento
Diante do cenário de emissão mais estável, o Tesouro Nacional informou uma atualização no PAF, que agora prevê que o estoque da DPF deve ficar no intervalo entre R$ 8,5 trilhões e R$ 8,8 trilhões até o final do ano.
Daniel Mario Alves de Paula, coordenador-geral substituto de Controle e Pagamento da Dívida Pública, explicou que a mudança reflete um movimento positivo e um ambiente “mais saudável de emissão”, permitindo que o Tesouro recomponha seu colchão de liquidez.
O coordenador ressaltou que a alteração no PAF para 2025 não significa uma intenção de chegar ao ponto máximo da nova banda, mas sim de colocar um “limite confortável” para o financiamento.