Mais de R$ 15,7 bilhões em contratos de empréstimos consignados já foram migrados para a plataforma da Carteira de Trabalho Digital, uma nova ferramenta para o crédito do trabalhador. A informação foi divulgada por Carlos Augusto Simões Gonçalves, secretário de Políticas de Proteção ao Trabalhador. A expectativa do governo é que o valor chegue a R$ 40 bilhões até outubro, e o processo de migração, que abrange contratos antigos de empresas com convênio bancário, será concluído em novembro de 2025.
O novo modelo de crédito consignado oferece juros significativamente menores. Enquanto a taxa média dos empréstimos pessoais é de cerca de 11% ao mês, a do Crédito do Trabalhador é de 3,42% ao mês. Atualmente, a plataforma já conta com 122 instituições financeiras habilitadas, e 64 delas já estão em operação. A transferência das operações antigas para a nova plataforma está sendo feita pela Dataprev, estatal responsável pelo desenvolvimento do aplicativo.
Como funciona a migração
Para ter acesso ao novo sistema, o trabalhador deve autorizar o compartilhamento de seus dados no aplicativo Carteira de Trabalho Digital. As instituições financeiras enviarão ofertas de crédito em até 24 horas, e o trabalhador poderá escolher a que tiver as melhores condições. As parcelas são descontadas diretamente na folha de pagamento, e o limite de comprometimento da renda mensal é de até 35%. A portabilidade para a nova plataforma pode ser solicitada pelos canais digitais das instituições ou, a partir de agosto, no próprio aplicativo da Carteira de Trabalho.