O orçamento de muitas famílias brasileiras teve um alívio em agosto, com a queda nos preços de alimentos essenciais. Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou que a redução de preços, especialmente a do arroz, foi um fator importante para a deflação.
Alimentos básicos na mesa do consumidor que apresentaram queda em agosto incluem o tomate, a batata-inglesa, a cebola, o arroz e o café moído. O ministro Paulo Teixeira comemorou a diminuição no preço do saco de arroz de cinco quilos. Segundo ele, o produto, que no ano passado custava cerca de R$ 30, agora está sendo vendido por R$ 15 a R$ 18.
Produção agrícola brasileira e Plano Safra
A produção agrícola recorde no Brasil é um dos principais motivos para a queda nos preços, conforme explicou o ministro. O Levantamento da Safra de Grãos 2024/2025 registrou um novo recorde, o terceiro consecutivo. A produção recorde contribui diretamente para a maior oferta de alimentos no mercado.
Além disso, o ministro ressaltou o investimento no Plano Safra, que também bateu recordes. O montante total do plano é de R$ 500 bilhões, sendo R$ 78 bilhões destinados à agricultura familiar, que se beneficia de juros subsidiados.
Inflação em queda
Com a influência da redução nos preços de grupos como habitação, alimentação e bebidas, o Brasil registrou uma inflação negativa de 0,11% em agosto, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo IBGE. Esse é o primeiro índice negativo desde agosto de 2024. No acumulado de 2025, a inflação está em 3,15%.
Paulo Teixeira afirmou que a queda nos preços é resultado da atuação do governo, e não do chamado “tarifaço”, que, segundo ele, foi um evento anterior. O ministro destacou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem o controle da inflação como uma de suas maiores prioridades.