O Ministério da Fazenda, por meio da Secretaria de Política Econômica (SPE), reduziu a projeção da inflação para este ano de 4,9% para 4,8%, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O Boletim Macrofiscal, divulgado nesta quinta-feira (11), também apontou uma revisão para baixo na estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), de 2,5% para 2,3%.
A redução na previsão de inflação reflete o excesso de oferta de bens globais, impulsionado por um aumento nas tarifas comerciais, incluindo as impostas ao Brasil pelo governo dos Estados Unidos. A inflação também foi contida pela menor variação nos preços de atacado do setor agropecuário e industrial e pela valorização do real.
Projeção do PIB e dos outros índices de inflação
A revisão do crescimento do PIB está ligada a uma atividade econômica mais fraca no segundo trimestre, influenciada pela política monetária restritiva do país. A taxa de juros básica, em 15% ao ano, impactou o crédito e a atividade econômica, levando à desaceleração do consumo das famílias e a uma queda nos investimentos e no consumo do governo.
Em relação a outros índices, a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) se manteve em 4,7%. Já o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que reflete os preços no atacado, teve sua previsão reduzida de 4,6% para 2,6%. A projeção para o PIB da indústria foi revista de 2% para 1,4%, enquanto o setor de serviços se manteve em 2,1% e o agropecuário, em 8,3%.