A previsão do mercado financeiro para a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu para 4,85% em 2025. Essa é a décima quarta redução seguida na estimativa, divulgada no Boletim Focus desta segunda-feira (1º), pesquisa semanal do Banco Central (BC) que coleta as expectativas de instituições financeiras.
Para 2026, a projeção da inflação também foi ajustada para baixo, passando de 4,33% para 4,31%. As estimativas para os anos seguintes são de 3,94% em 2027 e 3,8% em 2028. Apesar das quedas, a projeção para este ano ainda está acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%.
Juros e Atividade Econômica
Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 15% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu manter a Selic após sete altas consecutivas, devido ao recuo da inflação e à desaceleração da economia.
A estimativa dos analistas é que a taxa Selic termine 2025 em 15% e caia para 12,5% em 2026. Para 2027 e 2028, as projeções são de 10,5% e 10% anuais, respectivamente. As taxas de juros são uma ferramenta-chave para influenciar a economia: juros mais altos podem conter a demanda e a inflação, mas também podem dificultar o crescimento. Juros mais baixos, por outro lado, tendem a incentivar o consumo e a produção.
Previsões para o PIB
A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2025 também teve uma leve alta, passando de 2,18% para 2,19%. Para os próximos anos, as expectativas são de crescimento de 1,87% em 2026, 1,89% em 2027 e 2% em 2028. A economia brasileira registrou um crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2025, impulsionada principalmente pela agropecuária.
A cotação do dólar, por sua vez, está estimada em R$ 5,56 para o fim de 2025.