A VI Conferência Regional sobre Desenvolvimento Social da América Latina e do Caribe está sendo realizada em Brasília para discutir mecanismos de combate à pobreza. Um estudo apresentado no evento, promovido pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), sugere que os países da região invistam entre 1,5% e 2,5% do PIB em políticas de proteção social para erradicar a pobreza.
O diretor da Divisão de Desenvolvimento Social da Cepal, Alberto Arenas de Mesa, alertou que, sem mudanças nas estratégias atuais, a região levará mais de 30 anos para cumprir a meta. O encontro é uma preparação para a segunda Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Social 2025, que ocorrerá em Doha, no Catar. O Brasil, que assumiu a presidência rotativa da Conferência, destacou suas próprias políticas de combate à pobreza e à fome.
Brasil e o combate à fome
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, ressaltou que o Brasil saiu, pela segunda vez, do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU). Ele afirmou que, desde janeiro de 2023, o governo retirou cerca de 60 mil pessoas por dia da situação de insegurança alimentar.
O ministro listou programas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), o Pé-de-Meia, a Tarifa Social de Energia Elétrica e o Auxílio Gás como estratégias para alcançar esses resultados. Ele também destacou a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, iniciativa do G20 sob presidência brasileira, que busca unir recursos e conhecimentos para combater a miséria no mundo.