O consumo nos lares brasileiros, medido nos supermercados, registrou um crescimento de 4% em julho, comparado ao mesmo mês de 2024. Os dados, divulgados pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), mostram que a alta se sustenta na melhora da renda e do mercado de trabalho. Em relação a junho, o crescimento foi de 2,4%, e no acumulado do ano, a alta chega a 2,6%.
O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, destacou que o crescimento de julho foi atípico. Normalmente, o consumo retrai neste mês devido às férias escolares, quando as famílias costumam comer mais fora de casa. No entanto, o efeito foi menos intenso este ano, o que a entidade atribui à queda da taxa de desemprego, que atingiu 5,8% no trimestre encerrado em junho, o menor nível desde 2012.
Bolsa Família e Cesta Básica
A análise da Abras também aponta que a diminuição no número de beneficiários do Bolsa Família em julho, quase 1 milhão de famílias, não impactou negativamente o consumo. Isso sugere que as famílias que saíram do programa mantiveram o poder de compra com a renda obtida através do trabalho, fortalecendo o varejo alimentar.
Além disso, a cesta de 12 produtos básicos pesquisada pela Abras teve uma pequena queda de 0,44% em julho, com o preço médio nacional passando de R$ 353,42 para R$ 351,88. Itens como arroz, feijão e café registraram as maiores retrações.