O preço da cesta básica diminuiu em 15 das 27 capitais brasileiras em julho, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. O levantamento, divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é a primeira edição a incluir todas as 26 capitais e o Distrito Federal.
As quedas mais significativas nos preços foram registradas em Florianópolis (-2,6%), Curitiba (-2,4%) e Rio de Janeiro (-2,3%). Em contraste, as maiores altas ocorreram no Nordeste, com Recife liderando o aumento (2,8%), seguido por Maceió (2%) e Aracaju (2%). São Paulo registrou a cesta básica mais cara do país, com valor de R$ 865,90.
No acumulado do ano, o preço da cesta básica aumentou em todas as 17 capitais historicamente pesquisadas. As variações ficaram entre 0,3% em Goiânia e 11,4% em Recife. Com base no valor da cesta mais cara, em São Paulo, o Dieese estima que o salário mínimo necessário para uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 7.274,43, o que representa 4,79 vezes o valor atual de R$ 1.518.
A pesquisa também aponta que, em média, um trabalhador que recebe o salário mínimo comprometeu 50,9% de sua renda líquida em julho para comprar os produtos da cesta básica, uma pequena melhora em relação a junho, que registrou 51,1%.
Entre os produtos que apresentaram queda de preço, o arroz e o feijão tiveram as maiores variações. O quilo do arroz diminuiu em quase todas as capitais, com destaque para Porto Velho (-7,1%), enquanto o feijão caiu em 24 capitais. O preço do café em pó também recuou em 21 cidades.